PONTO DE VISTA.
ESPORTE E A CRISE.
A crise global atual responsável por milhares de desempregados, férias coletivas, apreensão nas bolsas, problemas na construção civil, etc tem reflexos invisíveis nos governos que vivem sob o sistema capitalista.
Todos os setores estão sofrendo cortes, seja de pessoal, material ou de investimentos. Neste momento a criatividade do gestor público fala mais alto, além da competência e seriedade com os gastos; o que deveria ser obrigatório em qualquer circunstância, nesta situação é indispensável.
O esporte não foge à regra e também é atingido por esta realidade. Em um país como o nosso além de participação considerável na economia o esporte envolve sentimentos fortes, é paixão nacional, sobretudo o futebol. Todo o jornal com raríssimas exceções tem sua seção dedicada ao esporte, alguns com suplementos inteiros. Rádio e televisão incluem em sua programação horários esportivos além de inclusão de matérias esportivas em seus noticiários. Existem canais da TV fechada exclusivos para o esporte. Nosso sucesso em competições internacionais, competições nacionais e regionais, gera grandes audiências, além de unir a nação em torno das seleções; os clubes com suas torcidas também são mais um fator sócio-cultural da influência decisiva em nossa sociedade, do esporte.
Desse modo aqueles que estão à frente de órgãos dos quais o esporte depende devem pensar criteriosamente antes de tomarem medidas que ponha em risco o funcionamento das unidades esportivas, pois estarão mexendo com algo vital para a nossa sociedade.
Para se medir a extensão da crise, recentemente um grande clube nacional ameaçou fechar o departamento de ginástica no qual contam em suas fileiras com atletas consagrados internacionalmente, o que demonstra que nenhuma instituição esta imune diante desse quadro, mesmo os grandes complexos esportivos, construídos pelo poder público, como por exemplo: Parque Aquático Maria Lenk, o Estádio Olímpico João Havelange “Engenhão”, dentre outros, entregues posteriormente a iniciativa privada sob a alegação do seu auto custo de manutenção, que já enfrentam dificuldades na sua manutenção e conservação mesmo não tendo a sua plena utilização, já que não são disponibilizados a sociedade para os fins aos quais foram construídos. Assim sendo, os órgãos estatais que lidam com o esporte, em geral, tem nesse momento uma responsabilidade redobrada exigindo dos gestores um grande esforço para que seja minimizados os efeitos que por ventura a crise global possam causar.
Amaury Cardoso.
e-mail: amaurycardosopmdb@yahoo.com.br
www.amaurycardoso.blogspot.com
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