PONTO DE VISTA.
EQUAÇÃO IMPERFEITA.
O Brasil acaba de conquistar uma boa posição no IDH, mas permanecem muitos problemas não resolvidos, e alguns desafios a serem enfrentados pela frente. Crescimento do PIB não é sinônimo de progresso e bem estar. O Brasil precisa melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Essa equação precisa ser desenvolvida e suas variáveis solucionadas, para que os entraves ao crescimento sustentável deixem de ser obstáculo.
Chamo a atenção para um problema estrutural maior no país, que envolve o sistema de transporte como um todo, além do setor energético, emperrando o desenvolvimento e o almejado crescimento econômico.
O Brasil pode dar um salto de qualidade se realizar os investimentos previstos no programa de aceleração do crescimento (PAC). Os investimentos têm crescido nos últimos anos, porém, em valores ainda pequenos, se comparado à taxa de no mínimo 25% do PIB registrados nos principais países emergentes. Se o Brasil quiser crescer mais de forma sustentada, precisará investir mais no futuro. Sem investimento de longo prazo, os índices de crescimento podem não passar de uma bolha.
Uma outra questão muito alardeada pelos economistas como fator de entrave ao crescimento, é o aumento de gastos do governo em contratações de pessoal. Dados recentes revelam que desde o início do governo LULA, há cinco anos, houve contratação de 190 mil novos funcionários públicos, elevando o total de servidores federais para 1,9 milhão, um recorde histórico.
O aumento no gasto público significa que o governo terá maior necessidade de extrair recursos da sociedade, - a luta pela preservação da CPMF e uma prova concreta, além da preservação da elevada carga tributária-, prejudicando a dinâmica interna de crescimento econômico. Isso não implica em dizer que defendamos a teoria do estado mínimo, com demissões em massa de servidores e privatizações em setores onde o estado deve estar presente. Mas sim um estado moderno, inteligente e racional.
Uma outra questão preocupante, e que pode prejudicar ainda mais o desenvolvimento do país, é o fato da economia internacional está perdendo força, em razão da crise no mercado americano imobiliário.
As nossas deficiências de infra-estrutura educacional, de transporte, portos e logística, além de uma legislação trabalhista obsoleta e um regime previdenciário inadequado, com excessivos encargos sobre mão-de-obra que prejudicam a competitividade de nossas indústrias, estão causando um gargalo ao nosso desenvolvimento impedindo a nossa capacidade de competição na economia global.
Segundo um estudo recente publicado pelos economistas Luiz Figueiras, professor da UFBA, e Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ, intitulado ¨A economia política do governo LULA ¨, onde afirmam que continuamos perdendo uma conjuntura internacional que é excepcionalmente favorável, mostrando, comparativamente, que os indicadores do Brasil não melhoraram quando se compara o nosso país com o resto do mundo. Um sinal seria ¨a crescente participação de produtos primários no valor das exportações, com perda de posição relativa de produtos de exportação com maior intensidade tecnológica¨. Afirma, ainda, que ¨toda evidência internacional mostra que estamos perdendo competitividade¨.
Percebe-se que o Brasil passa por um colapso de sua infra-estrutura, resultado do descompasso entre as crescentes demandas de modernização da economia e a incapacidade do estado em responder. As estradas federais estão sucateadas. Portos e ferrovias nacionais encontram-se anos-luz atrás dos principais competidores internacionais. Segundo Fernando Abrancio ¨em qualquer nação bem sucedida, o estado é o fiador do sistema de infra-estrutura. O ataque ao colapso da infra-estrutura depende de um projeto de modernização do estado, para que ele acompanhe o ritmo frenético de mudança da economia e da sociedade brasileira¨.
Apesar das preocupações aqui levantadas o Brasil em alguns setores cresce e prospera avançando mais que a China e a Índia, tais como: Açúcar e álcool, comércio eletrônico, construção civil, móveis, turismo, higiene e limpeza, informática, veículos e viagens aéreas, dados do IBGE.
Pelo acima exposto observa-se o grande potencial desta nação. No entanto, é inaceitável que ainda não estejamos socialmente estáveis. Nota-se por parte da sociedade um desejo real de tornar viável este país, porém, infelizmente, ultimamente a classe política tem decepcionado a população sistematicamente causando um desencanto que leva a descrença, indiferença e repúdio. É preciso que as instituições sejam fortalecidas e a política e os políticos passem a adotar uma conduta que restaure a esperança da sociedade.
Os números, índices e estatísticas anunciadas pelos órgãos oficiais do governo não se refletem no dia a dia da grande maioria da população, que diante desse quadro permanece numa eterna expectativa que essa realidade se transforme.
Amaury Cardoso
e-mail: amaurycardosopmdb@yahoo.com.br
EQUAÇÃO IMPERFEITA.
O Brasil acaba de conquistar uma boa posição no IDH, mas permanecem muitos problemas não resolvidos, e alguns desafios a serem enfrentados pela frente. Crescimento do PIB não é sinônimo de progresso e bem estar. O Brasil precisa melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Essa equação precisa ser desenvolvida e suas variáveis solucionadas, para que os entraves ao crescimento sustentável deixem de ser obstáculo.
Chamo a atenção para um problema estrutural maior no país, que envolve o sistema de transporte como um todo, além do setor energético, emperrando o desenvolvimento e o almejado crescimento econômico.
O Brasil pode dar um salto de qualidade se realizar os investimentos previstos no programa de aceleração do crescimento (PAC). Os investimentos têm crescido nos últimos anos, porém, em valores ainda pequenos, se comparado à taxa de no mínimo 25% do PIB registrados nos principais países emergentes. Se o Brasil quiser crescer mais de forma sustentada, precisará investir mais no futuro. Sem investimento de longo prazo, os índices de crescimento podem não passar de uma bolha.
Uma outra questão muito alardeada pelos economistas como fator de entrave ao crescimento, é o aumento de gastos do governo em contratações de pessoal. Dados recentes revelam que desde o início do governo LULA, há cinco anos, houve contratação de 190 mil novos funcionários públicos, elevando o total de servidores federais para 1,9 milhão, um recorde histórico.
O aumento no gasto público significa que o governo terá maior necessidade de extrair recursos da sociedade, - a luta pela preservação da CPMF e uma prova concreta, além da preservação da elevada carga tributária-, prejudicando a dinâmica interna de crescimento econômico. Isso não implica em dizer que defendamos a teoria do estado mínimo, com demissões em massa de servidores e privatizações em setores onde o estado deve estar presente. Mas sim um estado moderno, inteligente e racional.
Uma outra questão preocupante, e que pode prejudicar ainda mais o desenvolvimento do país, é o fato da economia internacional está perdendo força, em razão da crise no mercado americano imobiliário.
As nossas deficiências de infra-estrutura educacional, de transporte, portos e logística, além de uma legislação trabalhista obsoleta e um regime previdenciário inadequado, com excessivos encargos sobre mão-de-obra que prejudicam a competitividade de nossas indústrias, estão causando um gargalo ao nosso desenvolvimento impedindo a nossa capacidade de competição na economia global.
Segundo um estudo recente publicado pelos economistas Luiz Figueiras, professor da UFBA, e Reinaldo Gonçalves, professor da UFRJ, intitulado ¨A economia política do governo LULA ¨, onde afirmam que continuamos perdendo uma conjuntura internacional que é excepcionalmente favorável, mostrando, comparativamente, que os indicadores do Brasil não melhoraram quando se compara o nosso país com o resto do mundo. Um sinal seria ¨a crescente participação de produtos primários no valor das exportações, com perda de posição relativa de produtos de exportação com maior intensidade tecnológica¨. Afirma, ainda, que ¨toda evidência internacional mostra que estamos perdendo competitividade¨.
Percebe-se que o Brasil passa por um colapso de sua infra-estrutura, resultado do descompasso entre as crescentes demandas de modernização da economia e a incapacidade do estado em responder. As estradas federais estão sucateadas. Portos e ferrovias nacionais encontram-se anos-luz atrás dos principais competidores internacionais. Segundo Fernando Abrancio ¨em qualquer nação bem sucedida, o estado é o fiador do sistema de infra-estrutura. O ataque ao colapso da infra-estrutura depende de um projeto de modernização do estado, para que ele acompanhe o ritmo frenético de mudança da economia e da sociedade brasileira¨.
Apesar das preocupações aqui levantadas o Brasil em alguns setores cresce e prospera avançando mais que a China e a Índia, tais como: Açúcar e álcool, comércio eletrônico, construção civil, móveis, turismo, higiene e limpeza, informática, veículos e viagens aéreas, dados do IBGE.
Pelo acima exposto observa-se o grande potencial desta nação. No entanto, é inaceitável que ainda não estejamos socialmente estáveis. Nota-se por parte da sociedade um desejo real de tornar viável este país, porém, infelizmente, ultimamente a classe política tem decepcionado a população sistematicamente causando um desencanto que leva a descrença, indiferença e repúdio. É preciso que as instituições sejam fortalecidas e a política e os políticos passem a adotar uma conduta que restaure a esperança da sociedade.
Os números, índices e estatísticas anunciadas pelos órgãos oficiais do governo não se refletem no dia a dia da grande maioria da população, que diante desse quadro permanece numa eterna expectativa que essa realidade se transforme.
Amaury Cardoso
e-mail: amaurycardosopmdb@yahoo.com.br
um abraççççççççooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!
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