sexta-feira, 7 de março de 2008

CAMINHOS E DESCAMINHOS. (MAR/2008)

PONTO DE VISTA.

CAMINHOS E DESCAMINHOS.

A indignação crescente no seio de grande parcela da sociedade carioca, especialmente na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, onde o descaso a que está submetida grande parcela da população, que se vê abandonada pelo executivo municipal, vem abrir um espaço político que deverá ser preenchido por uma nova perspectiva política que centre suas ações numa gestão administrativa moderna, voltada para os interesses populares, onde as necessidades básicas da população sejam respeitadas e atendidas.

A liderança emergente do atual secretário estadual de esporte, turismo e lazer, Eduardo Paes já é uma realidade que se consolida. As propostas que o candidato, que conta com o apoio do governador Sergio Cabral, apresenta vem ao encontro dos desejos da nossa população, onde destacamos:
* O compromisso com uma administração mais solidária com a parcela excluída da população;
* O compromisso com uma administração mais ágil, que dê respostas às carências emergências da população;
* O compromisso com uma administração que priorize o ensino básico de qualidade;
* O compromisso com uma administração que assuma a responsabilidade pela melhoria da qualidade de vida de seu povo.

Sabemos que a Zona Oeste do nosso município, sob todos os aspectos, é a região por onde ainda pode crescer a nossa cidade. Esta região ocupa quase que a metade (48%) do território do município, e tem uma população de aproximadamente 1.800 milhões de habitantes. Governar a nossa cidade sem priorizar a Zona Oeste é comprometer o futuro do município.

A Zona Oeste precisa receber uma atenção compatível com a sua importância geopolítica. Possui o maior parque educacional da América Latina, onde os efeitos diretos e indiretos de uma política equivocada nessa área, como no nosso entender vem ocorrendo, poderão causar danos irreversíveis as atuais e futuras gerações. O próximo prefeito deverá priorizar a qualidade da educação pública em nosso município. Do ponto de vista ambiental, a falta de cuidados efetivos com a preservação do que resta da Mata Atlântica, os manguezais e o gravíssimo estado de degradação da Baia de Sepetiba, cenário de um desastre ecológico criminoso, exigem ações imediatas que envolvem questões paralelas, tais como: Política habitacional, saneamento básico e ordenamento urbano.

Uma outra questão que deve merecer um tratamento prioritário do futuro prefeito é o grande aumento da ocupação desordenada do solo, que, especialmente, com as construções nas encostas e áreas de preservação ambiental, vem causando um enorme dano ao meio ambiente.

Dados oficiais revelam que o município do Rio de Janeiro nos últimos dez anos dobrou o número de favelas, estando hoje um terço da população em nosso município morando em favelas, onde a maioria encontra-se desassistida dos serviços essenciais, ou seja, sem infra-estrutura. Vale lembrar que o programa Favela Bairro buscou integrar física e socialmente a favela à cidade. Foi uma ação de impacto, porém não proporcionou mudanças significativas nas vidas dos moradores atingidos pelos investimentos. A pobreza continuou, a violência e a criminalidade aumentaram. Há que se evitar o risco de que o PAC incorra no mesmo erro, e para que tal não aconteça, entendo que seja preciso atentar para a importância de uma contínua ação governamental no plano social. O PAC, com seu alto investimento, não pode ficar reduzido a obras de infra-estrutura.

Hoje o quadro de ineficiência dos serviços público municipal leva a população ao sofrimento e conseqüente descrédito, fazendo com que aumente sua indignação. O descaso a que estamos submetidos são abomináveis, e esperamos que o próximo prefeito dê início a uma nova era de esperança e realizações, e, cuja presença, ao contrário do atual prefeito virtual, seja constante ao lado dessa população que merece muito mais respeito.


Amaury Cardoso.
E-mail: amaurycardosopmdb@yahoo.com
www.amaurycardoso.blogspot.com

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