segunda-feira, 7 de setembro de 2015

OS DESAFIOS DA PRÁTICA POLÍTICA DIANTE DE SUA EXAUSTÃO. ARTIGO: AGOSTO/2015.

(Escrevi este trabalho/texto em decorrência de tarefa da minha Pós em Ciência Política)


Inicio as minhas considerações sobre o momento político atual com a afirmação recente do vice-presidente da República e presidente do PMDB, Dr. Michel Temer, da qual concordo plenamente: “Para um governo conseguir estabilidade precisa de apoio do Congresso... (Governabilidade), e dos Movimentos Sociais... (Governança). Como hoje não há nenhum dos dois, pode-se dizer que a crise política existe e é grave, assim como a econômica.” “... será difícil a presidente resistir até o fim do mandato caso sua popularidade continue no patamar de 7%”. Esta afirmativa teve várias leituras, de especialistas e políticos, onde cada uma delas apresenta uma dinâmica ao resultado do processo político, inegavelmente em crise.
A prática de cooptação no exercício da política, a levou a exaustão esgotando um ciclo que culminou com a falta de credibilidade do atual sistema político eleitoral.
O fato é que o país quebrou, a economia vem sendo arrastada para o fundo do poço e a desilusão da sociedade só faz aumentar, cuja conseqüência tem sido a corrosão e enfraquecimento da democracia representativa, que agoniza vítima de seu descrédito.
Com a política do mesmo, compra de “adesões” e “apoios” através da velha prática fisiológica da distribuição de cargos e fatias do orçamento, o governo petista revela que não tem estratégia para, em médio prazo, tirar o Brasil da grave crise em que sua ineficiência e desmandos administrativos o meteram, só lhe restando “encenar um teatro através de um discurso de austeridade”, quando na verdade percebe-se que o governo Dilma perdeu o horizonte.
Assistimos a decadência trágica de um grupo político que se formou no início da década de 80, se apresentando como os puros da política, com a missão de combater a corrupção e zelar pela ética e moralidade, prometendo mudanças na forma de governar, onde afirmava combater a prática política do fisiologismo, patrimonialismo e clientelismo. Assim se apresentava o PT, portador de tanta esperança e que se deteriorou pela sede de poder e pela ganância, matando a esperança de valorização dos princípios morais e da defesa da boa prática política alimentada na grande maioria da população brasileira, hoje decepcionada, desiludida e indignada com o elevado grau a que chegou a corrupção em nosso país, nestes treze anos de governo.
As investigações da operação Lava-Jato “feriu o coração das oligarquias brasileiras”. A desordem do governo petista da presidente Dilma resulta de uma década de gastos acima da receita. As demissões, principalmente nas fábricas, traduzem a decadência do governo do partido dos trabalhadores, que está caindo aos pedaços perante a sociedade.
Os petistas inteligentes, bem informados e intencionados sabem que o sonho acabou em razão de seus próprios erros cometidos pelo baixo nível e alta voracidade de importantes dirigentes de seus quadros, que por ganância e incompetência levaram a sigla do PT ao lamaçal da corrupção em níveis nunca praticados.
Diante dessa frustração social, a população se encontra sem perspectiva, em virtude da crise econômica, política e, principalmente, de credibilidade que se instalou, fazendo com que o cidadão brasileiro não veja no horizonte uma saída clara desse atoleiro de imoralidades que se revelam no dia a dia.
Estamos diante de um momento crítico para a democracia representativa. Pesquisas demonstram que 92% dos eleitores acham que todo político é ladrão, e 63% não identificam ninguém capaz de tirar o Brasil do momento em que vive, ou seja, não identificam uma liderança com esse porte.
Nas ruas os brasileiros, nas diversas manifestações, afirmam claramente que ninguém os representa, e que os políticos não cumprem suas promessas, onde, no seu imaginário, os associa a corrupção.
O sistema político se debate diante de uma realidade difícil, e a classe política reluta em mudar seu comportamento e apresentar mudanças responsáveis, sérias e necessárias no sentido de recuperar a sua credibilidade diante de uma sociedade que, há tempos, sinaliza seu inconformismo e rejeição ao atual modelo político brasileiro.
Na política, oportunidades não podem ser perdidas, e suas Excelências não devem continuar a fazer “ouvido de mercador” com o clamor que vem das ruas que revelam sua intolerância e deixam claro o fim dos tempos para a “velha prática política”, inaceitáveis para a opinião pública bem informada, que enxerga a omissão do legislativo na promoção das reformas política, que devem ocorrer em ritmo acelerado, mas que já perceberam que nesta legislatura não irá acontecer.
As conseqüências dessa omissão podem ser muito graves para a classe política, cuja credibilidade, como já foi afirmada, anda em grande baixa.


                                                                                      Amaury Cardoso
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