sexta-feira, 7 de março de 2008

2010 – ANO DE EXPECTATIVAS E INDAGAÇÕES. Artigo / Jan de 2010



PONTO DE VISTA.




A política esta presente em todos os momentos de nossa existência. A realidade está impregnada de situações diversas, e na política não é diferente. O próprio homem, segundo Aristóteles, é um animal político. É de sua natureza o exercício da atividade política partidária ou não.

Nosso saudoso Gilson Amado afirmava que “viver é adaptar-se ao possível”, e dentro da vida nacional não deixa de ter sentido, porém devemos ir mais além e buscar transformar o impossível em possível.

A todo instante nos deparemos com algo inadmissível seja as injustiças sociais, a violência injustificada, as diferenças econômicas gritantes, a exploração do homem pelo homem; para não estendermos o leque a questões mais profundas, nos restringiremos aos problemas que são observáveis a olho nu e capazes de nos fazer sentir maior indignação pelas soluções superficiais e inócuas que a atual política nos oferece.

O momento é de expectativa, pois vivemos o que podemos classificar de uma entressafra de valores e lideranças, valendo observar as poucas lideranças políticas significativas que ainda resistem que possam restituir as verdadeiras esperanças no futuro mais promissor.

E tal quadro de desesperança representa um perigo muito maior do que aparenta, pois leva a um total descrédito das instituições e atividades políticas, o que dá força à opinião de muitos, de que se deve ignorar a política, o que é um lamentável e grave erro de avaliação, pois, de acordo com Berthold Brecht no seu famoso “Analfabeto político”, onde muito bem coloca que todas as decisões que afetam as nossas vidas são políticas, e aqueles que as ignoram estão favorecendo o surgimento do pior tipo de bandido: o político vendido, corrupto e lacaio dos interesses dos grupos nacionais e estrangeiros que lesam o patrimônio de uma nação, e, conseqüentemente, o seu povo.

Portanto, mensalões e cuecas recheadas de dinheiro são resultado de uma massa de pessoas que, desinteressadas da política, exercem seus direitos políticos sem interesse, sem conhecimento e, sendo assim, sem qualquer discernimento.

O que nos cabe é mudar mentes e corações, para fazer com que a desesperança se transforme na consciência popular para que se construa um futuro livre de tais aberrações. Devemos nos indagar: Porque o nosso país ainda permanece dividido no acesso à saúde, à educação, à habitação e aos bens mais elementares para uma vida digna? Tão diferenciado entre pobres e ricos, com uma justiça que se apresenta de maneira tão desigual entre as pessoas e sua classe social? Porque a corrupção tem sido tão tolerada pelas instituições, e pior, porque a maioria das pessoas, principalmente os intelectuais, tem permanecido calados e omissos? Porque a maioria das entidades organizadas estão acomodadas e inertes?

Entristece-nos o fato de observarmos que diante de tudo que se apresenta, os nossos dirigentes nos levam a acreditar que perderam a capacidade de propor alternativas para as soluções desses problemas, bem como para os rumos do país.



Amaury Cardoso.
e-mail: amaurycardosopmdb@yhaoo.com.br
Blog: www.amaurycardoso.blogspot.com

2 comentários:

  1. Realmente. Deve-se procurar soluções que ataquem diretamente o problema.
    As teorias não funcionam mais.Bons políticos estão estressados com tanta corrupção. Existe no entanto , uma grande esperança, mas não há soluções mágicas.
    Atualmente, não basta ser bom, pois a crise está visível.
    A boa notícia é que ainda existe bons políticos com garra pra lutar.
    é isso o que acho.

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  2. Muito bom o comentário a respeito das operações nas comunidades da Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão.
    Na verdade estamos vivendo esses conflitos a decadas, porque infelizmente os governantes anteriores a Sérgio Cabral não estavam interessados em fazer acontecer.
    Sérgio Cabral está de parabéns, tomara que essas operações continuem para vivermos melhor.
    Parabéns a equipe!!!!

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