sexta-feira, 7 de março de 2008

IMPACTOS AMBIENTAIS E A CRISE NA AGRICULTURA GLOBAL. (MAI/2008)

PONTO DE VISTA

IMPACTOS AMBIENTAIS E A CRISE NA AGRICULTURA GLOBAL.

As notícias sobre constantes agravamentos dos impactos do aquecimento global, nos remetem a um crescente questionamento: Teremos condições para romper o atual impasse no combate aos problemas oriundos do uso abusivo na matriz energética de recursos fósseis e dos impactos da destruição de florestas e de biodiversidade? Temo que não, caso não ocorra uma mudança radical no atual modelo de desenvolvimento econômico que tem como princípio o consumismo indiscriminado que se coloca incompatível com a fim dos recursos naturais existentes e a capacidade do planeta em absorver as emissões da atual matriz energética. Identificar recursos energéticos alternativos, renováveis e não poluentes se coloca como uma necessidade emergencial da evolução tecnológica.

A competição pela supremacia e liderança no campo econômico e tecnológico entre as nações desenvolvidas, em especial as que compõem o G-8, sinalizam no sentido, - face ao pequeno avanço conquistado nos tratados estabelecidos e conferências realizadas, corridas a partir do ECO-92-, que estas dificilmente irão recuar da posição contrária a tetos obrigatórios de emissão de gases poluentes, principalmente os Estados Unidos e a China, as duas maiores nações poluidoras.

A que se destacar que a China e a Índia, que utilizam como principal matriz energética o carvão de má qualidade, até agora não sinalizaram com a possibilidade de substituírem a sua base energética por fontes de energia limpa, o que as colocam como as principais vilãs desse século.

Diante desse cenário nos voltamos para o Brasil que ainda não demonstrou vontade política suficiente para enfrentar com a necessária seriedade a destruição da nossa floresta amazônica, e conseqüentemente a biodiversidade dessa região. Deixar de reconhecer a sua responsabilidade nas queimadas que ocorrem em nossas florestas, em especial na Amazônia, e o enorme prejuízo que essa ação causará ao futuro da humanidade, é também se colocar na condição de vilã contribuindo para o esgotamento ambiental do nosso planeta.

Estudos comprovam que o aquecimento global ameaça todo o planeta, mas as principais vítimas em curto prazo serão os países em desenvolvimento e as populações mais pobres onde a perda de produtividade agrícola, em razão das secas, das variações de temperatura e alterações no regime de chuvas reduzirá a oferta de alimentos com conseqüências graves para as próximas décadas em razão da escassez de alimentos, agravando o número de subnutridos, em especial, na África e na América Latina.

A eminente crise na agricultura global e a necessidade da preservação da oferta de alimentos a preços acessíveis a uma considerável parcela da população que, com o crescimento econômico mundial obtido na última década passou a consumir mais alimentos, tornou-se uma questão política.

Os líderes mundiais precisam pensar em soluções que possibilitem evitar a crise de alimentos sinalizada pelo desequilíbrio da produção agrícola, caso contrário enfrentará nas próximas décadas a instalação da FOME MUNDIAL.



Amaury Cardoso
e-mail: amaurycardosopmdb@yahoo.com.br
http://www.amaurycardoso.blogspot.com/

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