terça-feira, 17 de março de 2015

MANIFESTAÇÕES POPULARES, MUDANÇA DE PARADIGMA DO POVO BRASILEIRO. Artigo: Março/2015


Os ciclos políticos se fundamentam em consequência das transformações da sociedade no aspecto educacional e cultural, movidos, principalmente, por questões de âmbito econômico e social. Em razão desses fatores eles se diferenciam, na forma e no tempo, nas diversas e diversificadas partes do mundo.
 
Com a consolidação do processo de Globalização ocorrido no final do século XX, possibilitado em razão do avanço tecnológico nos campos da comunicação, proporcionando o fácil acesso a informação instantânea sobre o que ocorre no mundo, propiciou o aceleramento das influencias de uma região sobre outras, ou seja, dos centros sobre a periferias.
 
As redes sociais vem de certa forma revolucionando o processo de organização social, em particular no campo político face a facilidade da divulgação de opiniões e criticas, e, neste caso, em decorrência do atraso no sistema político brasileiro que tem levado de forma acelerada o desinteresse na instituição partidária e, por conseqüência, na democracia representativa em razão da elevada descrença na classe política.
 
As manifestações ocorridas neste 15 de março se caracterizou no maior protesto enfrentado por um governante brasileiro desde as passeatas pelo impeachment de Collor, em 1992.
 
Trinta anos após a posse do primeiro presidente civil, 15 de março de 1985, que pôs fim a um ciclo de 21 anos de regime (ditadura) militar, grande parcela da sociedade brasileira, numa demonstração de exercício pleno de cidadania, promove de forma pacifica seu direito democrático de livre manifestação, numa demonstração de que o sentimento de indignação levados as ruas não ocorre mais através de bandeiras partidárias.
 
Entendo ter ficado comprovado que no atual cenário político em nosso país, as manifestações, em especial a ocorrida em 15 de março, a maior manifestação espontânea já realizada em um domingo, tenha expressado uma grande lição da sociedade diante de um governo fragilizado, desacreditado pela maioria da população, que cada vez mais cobra rigor no comportamento ético e moral dos gestores públicos, bem como, de seus “representantes” nas três esferas do legislativo (Municipal, Estadual e Federal).
 
O governo da presidente Dilma inicia seu segundo mandato desacreditado pela maioria da população, devido a institucionalização da corrupção, da ineficiência dos serviços públicos, da alta do processo inflacionário, da crise econômica e pela estagnação do crescimento que começa a refletir negativamente no índice de desemprego. Este atual quadro tem contribuído para o aumento da grande incerteza sobre o futuro, confirmando o sentimento de que o governo esta sem rumo, tendo três anos e oito meses pela frente.
 
Ocorre, que ao negar essa realidade a presidente Dilma incorre num grave erro político, cujas as conseqüências começam a ter reflexo na sociedade que percebe que foi enganada.
 
A estratégia do governo e da direção do PT em desqualificar as manifestações, adjetivando os que ousam protestar com o rotulo de “burgueses brancos elitistas manipulados pela mídia golpista”, por arrogante e descabida, só tem contribuído para aumentar a rejeição da sociedade, exemplo claro ocorrido nas manifestações com panelaços e buzinaços que ocorrem em resposta aos pronunciamentos oficiais do governo, reação, até então, nunca vista em governos anteriores.
 
Diante da crise de credibilidade política em que nos encontramos, a sociedade brasileira evidência que não se sente confiante com o atual governo, externando seu clamor por líderes que reúnam valores éticos e morais, e com competência de gestão para conduzir o país a um projeto de conciliação nacional.
 
Uma reforma política profunda se coloca, mais uma vez, em pauta e desta vez de forma urgente e emergencial, sob o agravante para a democracia brasileira da falência das instituições partidárias.
 
O trágico, que se coloca de forma triste, é que o partido dos trabalhadores, que surge no cenário político brasileiro com a promessa de ser “diferente dos outros partidos”, com a promessa de ser o “guardião da ética e da moralidade”, tenha, neste 13 anos de poder, cometidos erros morais e éticos em grande escala, e com isso desconstruído o sentimento de esperança que semeou na sociedade, em decorrência de um projeto de poder, que para ser levado a cabo precisou institucionalizar a corrupção em diversas esferas do governo, não se importando com as conseqüências que adviriam dessa atitude para o avanço da democracia em nosso país.
 
TRISTE ENREDO EM SUA HISTORIA!!!!!!
 
 
                                                                                 AMAURY CARDOSO
                                                                             Presidente estadual da FUG/RJ
                                                                   Blog: WWW.amaurycardoso.blogspot.com.br
                                                                   E-mail: amaurycardosopmdb@yahoo.com.br

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