PONTO DE VISTA
O CLAMOR A VIDA: ALCANÇAREMOS A CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL?
As mudanças climáticas já se impõem como um dos principais desafios para o mundo no século XXI. Segundo o mais recente relatório mundial divulgado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas das Nações Unidas) as mudanças climáticas tornarão mais forte a divisão entre países pobres e ricos em razão do impacto do aquecimento global.
Países localizados na America do Sul, África e Ásia sofreram com o aumento da seca, perdas na agricultura, elevação do nível do mar, cuja conseqüência mais assustadora será a falta de água potável. O que no século passado parecia previsões alarmistas de cientistas, ecologistas e ambientalistas sem fundamentação, se apresenta no início do século XXI como fato concreto, em algumas situações irreversíveis, com prognósticos, como os citados acima, já com início a partir de 2020.
O crescimento econômico defendido e mantido, sem se preocupar com parâmetros, além de não amenizar o fosso social tem sido responsável pela tragédia ambiental arruinando o nosso eco sistema, pois acelera, sem atenção à capacidade de reposição da natureza, tornando-se catastrófico ficando longe de significar qualidade de vida. Esse conflito entre crescimento econômico e meio ambiente chama a atenção para a urgência da implementação de um modelo de desenvolvimento realmente sustentável.
Projetos voltados para mecanismos de desenvolvimento limpo envolvendo ações como captura de metano dos lixões, reflorestamento e técnicas agrícolas de consórcio entre pasto e lavoura, dentre outros, precisam ser disseminados e aplicados como garantia de preservação dos nossos recursos naturais, proporcionando crescimento sem destruir as riquezas naturais.
Diante da fragilidade do meio ambiente e da necessidade de respeitá-lo e preservá-lo, a Europa acaba de decidir, na cúpula de Berlim, tomar a liderança adotando uma política bastante forte em matéria de cortes de emissões de CO². A china já apresenta disposição de adotar medidas de limitação das emissões de gases estufa e aceitar disciplinas internacionais. No entanto ainda existem muitas dúvidas em razão do conflito entre crescimento econômico e meio ambiente que nos deixam algumas apreensões.
1- O futuro presidente do maior país poluidor, os Estados Unidos, que se recusou a assinar o Tratado de Quioto, é responsável por 25% das emissões de gases, estará realmente disposto a assumir suas responsabilidades na área ambiental, tendo em vista a necessidade de se manterem entre as nações mais rica?;
2- A União Européia, 3º maior poluidor, convive com grandes divergências, entre os países que a compõem, sobre os métodos a adotar para alcançar as metas já fixadas. Isto não seria uma barreira as negociações do futuro tratado?;
3- A China, 2º maior poluidor com 15%, e provavelmente até o final de 2007 passe a ser o 1º maior poluidor, estará realmente disposta a adotar medidas de impacto negativo sobre seu crescimento econômico? Aceitará limitar suas emissões se os Estados Unidos mais uma vez ficarem de fora do novo tratado?;
4- A Rússia e a Índia, que são 5º e 6º maior poluidor com 6% cada, na disputa por melhores colocações no cenário mundial, cederão as exigências?;
5- E o Brasil, 4º poluidor e 8º emissor de gases CO², que embora seja um país emergente, está nessa posição, principalmente, pelas queimadas em nossas florestas, diante das fragilidades das ações adotadas até aqui saberá combater o seu calcanhar de Aquiles?.
A China e os Estados Unidos têm sido os grandes obstáculos as negociações que visam reduzir as emissões de gás carbônico por não quererem assumir as responsabilidades que tem diante do risco que corre o planeta.
O Brasil vem sendo responsabilizado pelos países desenvolvidos em razão de ainda ser o maior desmatador da América do Sul sendo responsável por 73% das perdas florestais no continente, e por isso sendo severamente criticado pelos campeões do desmatamento no passado, enquanto a EMBRAPA, através de monitoramento por satélite, concluiu estudo sobre a evolução das florestas mundiais, onde desmente a imagem do Brasil como o grande vilão da história do desmatamento.
Segundo o estudo o que vinha a ser o território brasileiro há oito mil anos atrás, possuía 9,8% da cobertura florestal do planeta. Hoje, o nosso país detém 28,3%. O estudo revela que 75% das florestas do mundo desapareceram. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta, hoje tem 0,1%. A África, que possuía 11%, dispõe agora de 3,4%. A cobertura de verde da Ásia caiu de 23,6% para 5,5%. A América Latina, no entanto, saltou de 18,2% para 41,4%. Com os dados revelados nesse estudo, estabelecesse um paradoxo. Que conclusões tiramos desse confronto em busca de responsáveis? Na verdade o que nos interessa é que a briga pela posição do maior país em poder econômico não continue sendo a razão principal a acelerar a morte do nosso planeta. Essas ponderações fundamentam as minhas preocupações com relação ao alcance do equilíbrio entre meio ambiente e crescimento econômico necessário a sobrevivência da humanidade.
As mudanças climáticas já se impõem como um dos principais desafios para o mundo no século XXI. Segundo o mais recente relatório mundial divulgado pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas das Nações Unidas) as mudanças climáticas tornarão mais forte a divisão entre países pobres e ricos em razão do impacto do aquecimento global.
Países localizados na America do Sul, África e Ásia sofreram com o aumento da seca, perdas na agricultura, elevação do nível do mar, cuja conseqüência mais assustadora será a falta de água potável. O que no século passado parecia previsões alarmistas de cientistas, ecologistas e ambientalistas sem fundamentação, se apresenta no início do século XXI como fato concreto, em algumas situações irreversíveis, com prognósticos, como os citados acima, já com início a partir de 2020.
O crescimento econômico defendido e mantido, sem se preocupar com parâmetros, além de não amenizar o fosso social tem sido responsável pela tragédia ambiental arruinando o nosso eco sistema, pois acelera, sem atenção à capacidade de reposição da natureza, tornando-se catastrófico ficando longe de significar qualidade de vida. Esse conflito entre crescimento econômico e meio ambiente chama a atenção para a urgência da implementação de um modelo de desenvolvimento realmente sustentável.
Projetos voltados para mecanismos de desenvolvimento limpo envolvendo ações como captura de metano dos lixões, reflorestamento e técnicas agrícolas de consórcio entre pasto e lavoura, dentre outros, precisam ser disseminados e aplicados como garantia de preservação dos nossos recursos naturais, proporcionando crescimento sem destruir as riquezas naturais.
Diante da fragilidade do meio ambiente e da necessidade de respeitá-lo e preservá-lo, a Europa acaba de decidir, na cúpula de Berlim, tomar a liderança adotando uma política bastante forte em matéria de cortes de emissões de CO². A china já apresenta disposição de adotar medidas de limitação das emissões de gases estufa e aceitar disciplinas internacionais. No entanto ainda existem muitas dúvidas em razão do conflito entre crescimento econômico e meio ambiente que nos deixam algumas apreensões.
1- O futuro presidente do maior país poluidor, os Estados Unidos, que se recusou a assinar o Tratado de Quioto, é responsável por 25% das emissões de gases, estará realmente disposto a assumir suas responsabilidades na área ambiental, tendo em vista a necessidade de se manterem entre as nações mais rica?;
2- A União Européia, 3º maior poluidor, convive com grandes divergências, entre os países que a compõem, sobre os métodos a adotar para alcançar as metas já fixadas. Isto não seria uma barreira as negociações do futuro tratado?;
3- A China, 2º maior poluidor com 15%, e provavelmente até o final de 2007 passe a ser o 1º maior poluidor, estará realmente disposta a adotar medidas de impacto negativo sobre seu crescimento econômico? Aceitará limitar suas emissões se os Estados Unidos mais uma vez ficarem de fora do novo tratado?;
4- A Rússia e a Índia, que são 5º e 6º maior poluidor com 6% cada, na disputa por melhores colocações no cenário mundial, cederão as exigências?;
5- E o Brasil, 4º poluidor e 8º emissor de gases CO², que embora seja um país emergente, está nessa posição, principalmente, pelas queimadas em nossas florestas, diante das fragilidades das ações adotadas até aqui saberá combater o seu calcanhar de Aquiles?.
A China e os Estados Unidos têm sido os grandes obstáculos as negociações que visam reduzir as emissões de gás carbônico por não quererem assumir as responsabilidades que tem diante do risco que corre o planeta.
O Brasil vem sendo responsabilizado pelos países desenvolvidos em razão de ainda ser o maior desmatador da América do Sul sendo responsável por 73% das perdas florestais no continente, e por isso sendo severamente criticado pelos campeões do desmatamento no passado, enquanto a EMBRAPA, através de monitoramento por satélite, concluiu estudo sobre a evolução das florestas mundiais, onde desmente a imagem do Brasil como o grande vilão da história do desmatamento.
Segundo o estudo o que vinha a ser o território brasileiro há oito mil anos atrás, possuía 9,8% da cobertura florestal do planeta. Hoje, o nosso país detém 28,3%. O estudo revela que 75% das florestas do mundo desapareceram. A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta, hoje tem 0,1%. A África, que possuía 11%, dispõe agora de 3,4%. A cobertura de verde da Ásia caiu de 23,6% para 5,5%. A América Latina, no entanto, saltou de 18,2% para 41,4%. Com os dados revelados nesse estudo, estabelecesse um paradoxo. Que conclusões tiramos desse confronto em busca de responsáveis? Na verdade o que nos interessa é que a briga pela posição do maior país em poder econômico não continue sendo a razão principal a acelerar a morte do nosso planeta. Essas ponderações fundamentam as minhas preocupações com relação ao alcance do equilíbrio entre meio ambiente e crescimento econômico necessário a sobrevivência da humanidade.
Amaury Cardoso
amaurycardosopmdb@yahoo.com.br
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