UM NOVO HORIZONTE PARA UM NOVO RIO.(DEZ/08)

PONTO DE VISTA.


ARTIGO: DEZEMBRO/2008.


UM NOVO HORIZONTE PARA UM NOVO RIO.


As eleições municipais, na cidade do Rio de Janeiro, transcorreram num quadro de divisão política que além de acirrar a disputa com reflexos para o próximo pleito em 2010, se refletiu diretamente no resultado da eleição proporcional em razão da renovação de cerca de 50% do poder legislativo municipal.

O atual prefeito, há dezesseis anos no poder, sofreu duro revés no primeiro turno em razão da derrota da candidata do seu partido, o DEM, assim como a derrota do candidato da aliança PV- PSDB, que veio a apoiar no segundo turno, o que confirma o grande desgaste de sua gestão, que foi pautada por sua indiferença e distanciamento da sociedade e por sua opção por obras faraônicas, a exemplo da “Cidade da Musica”, dissonante com as reais necessidades básicas em crescente processo de deteriorização nos campos da saúde, educação, urbanização, saneamento básico, transporte, etc, setores intrinsecamente vinculados ao desenvolvimento sócio-econômico da cidade.

No que tange à educação, onde o ensino básico é responsabilidade da prefeitura, entendemos que em conjunto com a saúde foram o grande fator de descaso da atual gestão sendo determinantes para a vitória da base de sustentação do governo federal, representada pela candidatura do PMDB, através das propostas apresentadas e discutidas por Eduardo Paes, alicerçadas principalmente pela retomada de um choque de ordem pública, o compromisso com a extinção da aprovação automática, a revitalização da rede municipal de saúde, a implantação das “UPA`S” e o amplo arco de alianças no segundo turno que deram consistência e credibilidade para levar Eduardo Paes à vitória.

Não podemos esquecer que as camadas pobres da nossa sociedade, principais beneficiárias dos compromissos assumidos em campanha pelo candidato vitorioso, foram o diferencial para o sucesso do prefeito eleito, sendo a zona oeste da cidade diretamente responsável pelos cinqüenta e cinco mil votos que sacramentaram a sua vitória. Dentro desse contexto deve-se ressaltar a vital importância da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, em razão de estar inserida na rota de desenvolvimento, onde a proliferação dos debates sobre a sua sustentabilidade torna-se indispensável. A comunidade em geral, através de suas instituições representativas, não podem prescindir da oportunidade de influir em questões que serão decisivas para a garantia de uma melhor qualidade de vida para a cidade em geral.

A sintonia entre os governos federal, estadual e municipal, representadas na eleição de Eduardo Paes, bem como a multiciplidade dos investimentos de grande relevância como o arco rodoviário metropolitano e o pólo siderúrgico, causando o fortalecimento e expansão do parque industrial de Campo Grande e Santa Cruz, são, além da expansão imobiliária em consolidação, visto como resultado dessa importante parceria que, certamente, trará enormes benefícios para a cidade, em especial a região da Zona Oeste, fazendo com que a futura administração obtenha ganhos efetivos no sentido de preencher as expectativas voltadas para o desenvolvimento sustentável, ou seja, assegurando a preservação das áreas ambientais existentes, onde, em razão disso, a revisão do planejamento sobre a ocupação do uso do solo, especialmente na Zona Oeste, passa a ser fundamental. Para essa discussão torna-se imprescindível que as entidades representativas dos variados segmentos, bem como a sociedade em geral estejam inseridas neste processo, mobilizadas e preparadas.



Amaury Cardoso
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