sexta-feira, 7 de março de 2008

MENINOS (AS) DE RUA (PARTE I) (AGO/2006)

PONTO DE VISTA

MENINOS (AS) DE RUA (PARTE I)

A impossibilidade do sistema brasileiro vigente de resolver a aguda questão dos menores desassistidos, jogados na solidão do abandono, nos deixa perplexos.

Quando fora do poder os que hoje o ocupam, tinham todas as soluções para os problemas cruciais que a sociedade clamava por respostas efetivas. Na verdade evidenciou-se que eram apenas palavras, discursos demagógicos eleitoreiros.

A questão dos meninos (as) de rua é uma entre tantas vergonhas que o tapete da hipocrisia política esconde, e, em outros momentos finge se interessar em abordar seriamente, quando na realidade apenas aponta paliativos como bolsa família, leia-se voto de cabresto, como mágicas capazes de tirar nossa esmagada população da miséria em que vive, sem esperança, há tempos. Esse grupo imenso de pessoas que sobrevivem à margem dos benefícios reais do Estado são parte do contingente maior chamado de população de rua em que se incluem todas as faixas etárias, raças e sexo. É inacreditável que no século XXI onde a tecnologia alcança patamares impensáveis de desenvolvimento onde a chamada globalização é motivo de ufanismos, o que constatamos é a universalização da carência, miséria e sobretudo da indiferença que os poderosos do momento olham e não vêem, porque não querem ver, apesar de estar crescendo o número de crianças nas ruas.

Quais são os fatores que fazem com que venha ocorrendo o aumento da população de rua? Será que os estudos realizados não apontaram para uma solução que não sejam os programas assistencialistas que já se revelaram sem efeito? Devo acreditar que essa doença social, de assustadora gravidade, que compromete o nosso futuro, não tenha medidas controladoras?

Comentaremos essas questões no próximo artigo.



Amaury Cardoso
amaurycardosopmdb@yahoo.com.br

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