segunda-feira, 15 de abril de 2019

Século XXI: o século do empreendedorismo e oportunidades para as novas gerações - Artigo: Março/2019.

"O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, 
que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi 
para o século XX" (Jeffry Timmons, 1990)



O processo histórico civilizatório sempre foi marcado por grandes revoluções que provocaram mudanças bruscas na sociedade, em especial no aspecto dos costumes e culturas. As transformações provocadas durante o tempo quebraram paradigmas e causaram significativas mudanças de comportamento na sociedade. A luta travada entre ciência e religião é milenar, e seus conflitos foram e são sentidos pela sociedade. Entender e aceitar sem resistência essas mudanças sempre foi um dilema societário.

A humanidade viveu três revoluções industriais desde o século XIX. A primeira introduziu a máquina a vapor, passou pela segunda caracterizada pelo uso da eletricidade e da produção em massa, em seguida a terceira, que teve como referência a tecnologia e a automação, chegando à atual, a quarta, da era digital.

Essas transformações sucessivas na civilidade humana permitiram o atual grau de civilização e o desenvolvimento de nossa época, no entanto, esse processo não seria obra de planejamento de uma única pessoa ou grupo de pessoas. Foi a somatória dessas transformações que permitiu a constituição da atual civilização. A primeira revolução industrial, ocorrida no século XIX, talvez por ter promovido a passagem de um longo período agrícola feudal para um ciclo industrial, onde a partir dela passou a influenciar fortemente a cadeia de ciclos sociais futuro, razão pela qual foi considerado o maior impacto civilizatório em vários aspectos da forma de vida em sociedade, em especial o sócio econômico, onde o cotidiano da população foi mudado completamente.

O século XXI se apresenta como uma nova onda de mudanças radicais na produção industrial, resultado da convergência da robótica, da nanotecnologia, da biotecnologia, das tecnologias de informação e da inteligência artificial. Esta nova revolução industrial, a quarta, também conhecida como Indústria 4.0, está provocando mudanças muito rápidas na indústria e no modo como os negócios ocorrem no mercado de trabalho, na relação com os clientes e na demanda de seus produtos.

A revolução que estamos vivenciando é mais rápida que as anteriores e provoca sensíveis mudanças na forma como produzimos, distribuímos e consumimos. A quarta revolução industrial em curso se caracteriza pela aceleração de todos os processos inovadores. De acordo com Klaus Schwab, em seu livro “A quarta revolução industrial”: “Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes”. A atual e futuras gerações precisam urgentemente entender essa forte revolução que o atinge, pois ela transforma sistemas econômicos, políticos, sociais e ambientais, exigindo se preparar constantemente para enfrentá-la e saber conviver com ela.

É fato que as tecnologias emergentes criam novas formas de mobilidade, de comercialização, de geração de valor e distribuição de oportunidades. O desafio mais importante que temos hoje é garantir que essas oportunidades sejam distribuídas de modo equitativo. A história nos ensina que todas as revoluções têm ganhadores e perdedores.

Há, portanto, urgente necessidade de garantir que mais pessoas, tanto quanto seja possível, participem desse futuro de tecnologias cada vez mais sofisticadas. Ao governo cabe aumentar seus investimentos em educação, fortalecendo o ensino como um todo e, em especial, de ciências e matemática com base em novos valores. A produção industrial dependerá, cada vez mais, da educação em áreas que possibilitem a formação de talentos capacitados a criarem e gerirem processos de alto desempenho com base em valores como respeito ao meio ambiente e à diversidade humana.

Sinto a necessidade e poderia aprofundar um pouco mais sobre os impactos da Revolução Industrial 4.0 para sociedade contemporânea, contudo corro o risco de ficar muito longo, pois pretendo, também, fazer um paralelo sobre a fundamental importância para a atual e próximas gerações de vir a ter uma forte atuação no aspecto do Empreendedorismo, ou seja, no mercado globalizado Empreendedor.



”Com cerca de 27 milhões de pessoas envolvidas num negócio próprio ou na criação de um, o Brasil ocupa a terceira posição no ranking mundial de empreendedorismo. O país fica atrás da gigante China, com 369 milhões de empresários e Estados Unidos, com 39 milhões de empreendedores.” A conclusão é de uma recente pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor feita entre 54 países, considerado o principal mapa do empreendedorismo do planeta.

Segundo opinião de vários especialistas sobre o tema, dos quais concordo, Não há cenário mais apropriado para se tratar de empreendedorismo que o cenário globalizado. Afinal o empreendedor busca oportunidades, e a Globalização por sua vez, às oferece. Globalização é a integração econômica, social, cultural e política, entre os países, é o encurtamento das distâncias. Ela afeta todas as áreas da sociedade, ao mesmo tempo em que isso nos permite maior acessibilidade às novas tecnologias, medicamentos, estudos, comércio, etc.

Nesse cenário tão controverso, multicultural, e extremamente competitivo o empreendedor, profissional que além de recursos e conhecimento, deve ser dotado de talento para empreender, é capaz de identificar os pontos negativos da Globalização, e criar barreiras para eles. E ainda aproveitar-se das tantas oportunidades oferecidas, e transformá-las em negócio lucrativo. Com todo seu conhecimento e experiência, esse profissional é essencial para o desenvolvimento econômico e social do seu Município, Estado e até seu País, atuando não só nas empresas privadas, mas também em empresas públicas, na própria Administração Pública ou de forma autônoma, o que chamamos de empresário independente. Nesse contexto, é possível observar a importância do empreendedorismo no sucesso profissional e das organizações.

Definir um perfil empreendedor não é fácil, mas para aproximar do ideal não podemos deixar de reunir os aspectos: liderança, riscos, independência, criatividade, energia, tenacidade e originalidade. Segundo Cavalcanti (2001) no Brasil, somente há pouco tempo as escolas e o ensino superior apresentaram a preocupação com a formação de novos empreendedores. Entidades voltadas às Micro, Pequenas e Médias empresas têm apresentado uma preocupação maior, como Sebrae, Senac, Senai e Simpi.

Os empreendedores genuínos possuem o sentimento aguçado de realizar coisas novas, são aqueles que dão importância às pequenas coisas, pois acreditam que elas se tornarão, no futuro, grandes conquistas. Inovação e crescimento são considerados duas palavras-chave para se definir um empreendedor.

Para um grande empreendedor o dinheiro não é o mais importante, e sim mais uma ferramenta. Talvez a melhor definição para qualificar o que torna um empreendedor diferente é o modo como “ele se posiciona e o seu foco na sua área de negócios”. Um empreendedor busca transformar um sonho, uma visão de oportunidade, num negócio que gere valor e riqueza para a sociedade. Segundo Cavalcanti, ele deve estar sempre pensando no futuro!

Na visão do sociólogo Carl Rhode, os empreendedores precisam escolher entre dois caminhos: trabalhar para atender as necessidades de um mundo digital, ou focar em todas as coisas que os computadores não podem fazer que envolvam experiência, empatia, hospitalidade. “Uma opção interessante para os empreendedores é focar em todas as coisas que os computadores não podem fazer. Smartphones podem fazer um monte de coisas, mas não pode oferecer empatia, criatividade, afetividade. Então há espaços para quem souber investir em hospitalidade, autenticidade, trabalhos feitos à mão, turismo de experiência, comidas típicas. Há espaço para quem souber contar boas histórias, que sobreviveram ao teste do tempo.”

Finalizando, cabe destacar que a concepção do jovem do mundo contemporâneo esta mudando e muito. Os jovens do século XXI, a chamada geração Y, possui um perfil de empreendedores, questionador e, até certo ponto, revolucionário por querer mudar o mundo. Parecem querer contrariar tudo que seus pais ou outras pessoas de mais experiência tentam lhes fazerem acreditar ser o correto.

O que se verifica é que um elevado percentual de jovens, o que atribuo à baixa oportunidade de ocupar um emprego convencional de carteira assinada, tem trilhado a experiência no ramo do empreendedorismo em razão de oferecer muitas vertentes, contudo a vertente mais procurada é o Marketing Multinível ou Marketing de Rede em razão da oportunidade de criar seus próprios ativos e adquirir Riqueza, sendo algo sem grande risco e sem grande investimento onde o jovem entra no empreendedorismo com relativa facilidade, realizando o sonho de, através de treinamento apropriado, ser autônomo não tendo chefes pegando no pé, submetendo os resultados, tão somente, as conseqüências direta de seu esforço.


sexta-feira, 12 de abril de 2019

Uma Análise Estratégica do Livro O Príncipe de Maquiavel. Artigo: Fevereiro/2019




“O Príncipe” tornou-se um livro referência aos estudiosos da Ciência Política, trata-se de uma coletânea dos pensamentos de Maquiavel os quais ele considera importante para o Príncipe Lorenze Di Pierro. O livro aborda vários temas, sempre buscando lições da história para confirmar seu ponto de vista. Esta coletânea de Maquiavel oportuniza um grande aprendizado não só no campo político, mas nos permite estudar a história para saber o que é possível. Neste curto texto irei destacar alguns pontos que reputo ser de grande ensinamento, muito embora toda a obra seja de grande relevância para o difícil campo do exercício da política.
Destaco que o ponto interessante na leitura dessa obra é o fato de que embora o livro “O Príncipe” seja largamente lido, em especial aos que se dedicam a área de humanas, poucas pessoas realmente interpreta o que está lendo, pois alguns insights são difíceis de retirar. Isso faz do livro ao mesmo tempo conhecido e obscuro em razão de poucas pessoas extraírem o verdadeiro conhecimento dele.
Na sua dedicatória, quando Maquiavel se reporta “Ao Magnificente Lorenze Di Pierro de Medici” destaco o trecho: “Aqueles que lutam para obter as boas graças de um príncipe estão acostumados a vir até ele com coisas que consideram mais preciosas, ou nas quais eles o vêem com mais prazer; por isso, freqüentemente se vê cavalos, exércitos, roupas de ouro, pedras preciosas e ornamentos similares presenteados aos príncipes, validos de suas grandezas.
Desejando, portanto, me apresentar para sua Magnificência com algum testimônio de minha devoção, eu encontrei em minhas posses nada que goste mais, ou valorize tanto quanto, o CONHECIMENTO das ações dos grandes homens, obtido por longa experiência....”. Trata-se de um trecho no mínimo interessante, pelo fato dele destacar que a posse mais valiosa que ele tem é o conhecimento.
Como Maquiavel afirmava e a história ensina, não devemos fazer coisas pela metade. “ O homem é sábio deve sempre seguir as estradas pavimentadas pelos Grandes e imitar aqueles que tiveram maior sucesso, de modo que se ele não alcançar a perfeição, ele pode pelo menos adquirir um pouco de seu sabor”.
Lição: Não faça as coisas pela metade. “O homem sábio deve sempre seguir as estradas pavimentadas pelos Grandes e imitar aqueles que tiveram maior sucesso, de modo que se ele não alcançar a perfeição, ele pode pelo menos adquirir um pouco de seu sabor.”
Uma lição devemos tirar desse ensinamento. Isso não quer dizer que não devemos buscar inovar e sempre repetir o velho. Por mais importante que seja seguir o caminho da Grandeza, não podemos nos pegar tentando copiar atitudes; os cenários são diferentes, nos cabe absorver os princípios e aplicá-los a sua realidade. É nosso papel, também, abrir novo caminho como legado para aqueles que estão por vir. No futuro, nossos ombros também servirão de apoio para escalada de outros.
Outra afirmação de grande ensinamento podemos encontrar neste trecho: “Aquelas crueldades nós podemos dizer são bem empregadas, se é permitido falar bem de coisas malignas, que são feitas de uma vez por todas pela necessidade de auto preservação e não são continuadas a seguir, mas só o suficiente para modificar a vantagem do governado. Crueldades mal impostas, por outro lado, são aquelas que começam pequenas e aumentam, ao invés de diminuir com o tempo. Ferimentos, por tanto, devem ser causados de uma vez, para que seu sabor seja menos duradouro e menos ofensivo, enquanto que benefícios devem ser conferidos pouco a pouco, de modo que eles sejam completamente saboreados.”
De modo resumido, Maquiavel quer dizer: ferimentos devem ser infringidos de uma vez e com intensidade, enquanto bondade deve ser demonstrada pouco a pouco. Isso faz as pessoas terem uma imagem poderosa de você: por um lado, há pulso firme, capaz de atingir com violência; por outro, há bondade e, como ela é prolongada e distribuída ao longo do tempo, permanece por mais tempo na mente do povo.
Esse insight pode ser importante na formação de alianças no mundo de hoje. Nós devemos ser sempre uma pessoa boa, mas se alguém errar com conosco, na primeira oportunidade, devemos ser enérgico e não deixarmos o outro se safar com aquilo. A imagem que vamos projetar é de  alguém sério, bom, confiável, mas com quem não se pode agir de má fé. Exatamente a imagem que Maquiavel sugeriu que o príncipe desenvolvesse.
Uma passagem do Velho Testamento aplicável a situações que enfrentamos ocorreu com a história de David e Golias. “David se ofereceu a Saul para lutar com Golias, o campeão filistino e, para encorajá-lo, Saul arma ele com suas próprias armas; o que David rejeita assim que ele as coloca, dizendo que não podia fazer uso delas, e que ele desejava encontrar o inimigo com seu batoque e espada. Em uma palavra, a armadura de outros ou é muito larga ou muito apertada; ou falha ou pesa em nosso corpo.”
No momento da batalha devemos jogar o nosso jogo; fazermos o que sabemos. Na hora em que tem muita coisa em jogo, devemos usar as nossas regras as quais nos sentimos mais confiante.
Outra lição importante que podemos tirar de Maquiavel é sobre um trecho de sua citação quando diz: “... é muito mais seguro ser temido do que amado, quando dos dois um deles tem que ser escolhido...” “... o príncipe que, confiando inteiramente em suas promessas, negligencia outras precauções, está arruinado; porque amizades que são obtidas por pagamentos, e não pela grande ou nobilidade da mente, pode de fato serem ganhas, mas elas não estão asseguradas e em tempos de necessidade não podem ser confiadas; e homens tem menos escrúpulos em ofender um a quem amam do que é temido, por amor é preservado pelo link de obrigação, mas medo preserva você pelo temor de punição que nunca falha.”
Segundo uma passagem de Sebastian Marshall: “se você não pode ser os dois (amado e temido), o modo mais alto seria ser amado, estimado e respeitado durante o dia a dia, com algo povoando o canto da mente das pessoas que se eles agirem de má fé com você, você vai ser fonte de inferno e miséria para eles. Isso mantém as traições e destruições arbitrárias em cheque.
Eu acho que o amor é mais forte do que o medo. Um comandante amado Poe seus soldados vai derrotar o comandante temido pelos seus soldados em quase todas as batalhas..., mas o comandante temido é menos sujeito a chances arbitrárias. Então, os dois têm valor. Esse trecho do livro destaca como os seres humanos têm muito em comum.
“É necessário, de fato, colocar uma bola cor nessa natureza e para ser hábil em simular e dissimular. Mas homens são tão simples, e governados tão absolutamente por  suas necessidades atuais, que aquele que deseja enganar nunca falha em encontrar patetas inclinados.”
Talvez isso explique como sempre tem gente caindo em golpes manjados de estelionato, muito embora eles tenham sempre fatores em comum.
“Não é essencial, então, que um príncipe deva ter todas as boas qualidades que eu enumerei acima, mas é muito essencial que ele pareça ter todas elas; eu mesmo me aventuro a afirmar que se ele tenha invariavelmente praticado todas elas, eles causam danos, enquanto que a aparência de tê-las é útil (misericórdia, boa fé, integridade, humanidade e religião).”
Para o príncipe, é mais importante aparentar ser algo do que realmente ser algo, pelo menos em termos de status social. Talvez isso explique o peso evolutivo da sinalização, quando você indica para outros que tem um comportamento, para ganhar as vantagens sociais de possuí-lo, mas não o tem na verdade. Só deixando claro que isso é ruim. Muitas vezes nos enganamos com comportamentos ineficientes sem realmente alcançarmos o que queremos.
Lição: Algumas pessoas vão te odiar, invariavelmente. Tente não levantar o ódio de pessoas com potencial de ameaçar seu poder.
Lição: Em momentos de incerteza, as pessoas acreditam no que é mais conveniente para elas, não necessariamente na verdade. Aparências são coisas poderosas.
“...ao príncipe é muito mais fácil conquistar a amizade daqueles homens que estavam satisfeitos com o regime passado, sendo, pois, seus inimigos, do que a daqueles que, por estarem descontentes, tornaram-se seus amigos e aliados, auxiliando-o na conquista do Estado.”
Neste trecho Maquiavel revela que ser mais fácil se aliar com o antigo status quo para se manter no poder do que com a facção revolucionária.
No capítulo XXI do “Príncipe” Maquiavel transmite uma lição de extrema importância quando diserta sobre “O QUE CONVÉM A UM PRÍNCIPE PARA SER ESTIMADO”. Em resumo destaco o trecho: “... quando surge a oportunidade de alguém ter realizado alguma coisa extraordinária de bem ou de mal na vida civil, obtendo meio de premiá-lo ou puni-lo por forma que seja bastante comentada, acima de tudo, um príncipe deve empenhar-se em dar de si, com cada ação, conceito de grande homem e de inteligência extraordinária.
Um príncipe é estimado, ainda, quando verdadeiro amigo e vero inimigo, isto é, quando sem qualquer consideração se revela em favor de um, contra outro. Esta atitude é sempre mais útil do que ficar neutro, ...” “...o príncipe deve ter a cautela de jamais fazer aliança com um mais poderoso que ele para atacar os outros, senão quando a necessidade o compelir, torna-se seu prisioneiro...”
Fazer uma análise estratégica do livro “O Príncipe” não é tarefa fácil, uma vez que a cada releitura de seus capítulos novas interpretações tiramos, tamanha a riqueza de seus conceitos e lições. Resolvi construir essa análise bastante resumida, motivado pelas observações feitas pela minha amiga Grace Anne, a quem agradeço por me provocar uma releitura dessa magnífica obra de Nicolau Maquiavel.

                                                                     Amaury Cardoso
                                               www.amaurycardoso.blogspot,com.br

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