quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O QUE ACREDITAMOS, DETERMINA O QUE FAREMOS. - Artigo: Agosto/2020

Paradigmas, dogmas, medo, infinitas possibilidades, mecânica quântica e espiritualidade. 

Acredito que Deus não é um ser separado de nós. Deus é algo tão amplo! Que tipo de Deus formamos em nossa mente e acreditamos?

A religião tem por milênios moldado a nossa crença em Deus. Tem dificultado a nossa evolução espiritual em virtude de seus moldes, que tem nos subjugados enormemente. Contudo, não devemos culpar a religião e sim nossas próprias inseguranças que permitiram nos deixar dependentes totalmente da religião, a aceitando como fuga para não assumirmos nossas responsabilidades. Precisamos realizar a nossa conexão com Deus sem estarmos prisioneiros a dogmas.

Tudo que é vivo é um exemplo da elegante expressão da natureza. Essa inteligência age através de sete leis espirituais. Uma delas é a “Lei do Potencial Puro”, onde afirma que o desconhecido é a sua própria consciência, sendo ela o campo de todas as possibilidades. Se dermos uma chance aos nossos instintos mais profundos as mudanças que almejamos são possíveis.

É fato que muito frequentemente o resultado provocado pela nossa dor se transforma em um grande ensinamento.

Quando tive os meus primeiros contatos com a física, e passei a entender que ela tem a missão de explicar o mundo natural, encontro ao que até o momento se acreditava ser o correto, entendi a sua importância para mim.

O tempo tem comprovado que não há limites para a existência humana. Diante de um futuro incerto, me pergunto: Será que devemos acreditar que alguma coisa no futuro está definida? A única certeza que temos é que definido está o que ficou no passado!

A humanidade é marcada pela complexa relação entre ciência e religião, e essa polarização tem revelado que uma depende da outra e se completam apesar da longa e tortuosa história do debate entre a ciência e a igreja. 

O físico Marcelo Gleiser, em um de seus livros afirma que tudo é mutável, inclusive nossas convicções e também nossa relação com a fé. A vida e o tempo tem nos ensinado que a evolução é uma sequência de fatos repensados, onde a ciência só consegue negar a existência de algo, quebrando paradigmas e dogmas após observações absolutamente conclusivas e comprovadas, que com o passar do tempo podem ser derrubadas em virtude do conhecimento sobre algo ser um momento parcial da realidade.

Estudos científicos comprovam que diante da imensidão do universo, tudo tem alcance limitado. Esta é a razão da necessidade universal de explorar o novo em busca alucinante do conhecimento, e a ciência tem um papel preponderante ao ampliar nossa visão da realidade que nos cerca, mesmo diante do fato de percebermos apenas uma pequena parte da realidade em razão da nossa miopia, mudando nossa visão de mundo e também o fará no futuro, em busca de uma maior compreensão e definição de nossa posição no Cosmo.

Paralelamente caminha a Fé, o alimento que nos faz acreditar no que não pode ser ou não foi ainda provado.

Em razão de o conhecimento ser algo inalcançável na sua plenitude, a humanidade terá que aprender a conviver com a presença do mistério, e também com a certeza de que haverá sempre algo novo a ser descoberto.

Tem uma frase de Gottfried Leibniz, que viveu no século XVII, que me intriga muito. “Por que existe algo em vez de nada?”. Com essa frase ele instala um difícil dilema para a ciência da cosmologia. Seremos capazes de decifrar como se deu a origem de tudo? Para esse enigma da ciência se tem a resposta de ser uma realização de “uma intervenção divina”.

Durante a evolução da humanidade, nossos antepassados conviveram com questões cujas respostas foram complexas para a época e outras sequer tiveram respostas. Essa realidade acompanha o avanço do tempo. Todo conhecimento adquirido durante a existência da raça humana, veio através de muita perseverança intelectual e experimentação. Contudo, podemos ter o entendimento de que a ciência nunca irá chegar a um estado final de conhecimento que se possa afirmar ser definitivo diante de um universo em constante transformação, onde tudo muda sempre, uma vez que nada permanece exatamente igual.

Nossa galáxia é uma dentre centenas de bilhões de outras espalhadas pela vastidão do espaço, portanto, a probabilidade de que inteligências extraterrestres existam é razoável de acreditar. “Mesmo que existam outros seres inteligentes na nossa galáxia, a verdade é que estamos tão longe deles que, na prática, devemos nos considerar sós”. Num futuro próximo, não é improvável que ainda no século XXI, alguma evidência sobre haver vida em outro mundo deverá ser obtida. Contudo, o que aponta a ciência contemporânea é que a possibilidade de que existam outras inteligências na nossa galáxia é remota. 

O que a ciência nos revelou é que existem trilhões de mundos na nossa galáxia e outros bilhões de galáxias espalhadas pela vastidão do espaço, que alguns desses mundos possuem propriedades semelhantes às da terra e que somos únicos no cosmo, produto de quatro bilhões de anos de evolução, onde o ser humano surgiu a cerca de 200 mil anos. “Nossa inteligência não é parte de um grande plano, mas sim, resultado de bilhões de anos de evolução num ambiente complexo e sempre em transformação”.

Todo esse processo de evolução e transformação nos conferiu, aos homo sapiens, ser uma espécie capaz de produzir conhecimento e, portanto precisamos entender nossa responsabilidade de sermos os guardiões da vida em nosso planeta e não seus destruidores insanos e gananciosos.

Por fim, concordando com a opinião de vários cientistas, reafirmo que não acredito que a ciência venha a nos dar todas as respostas que queremos, pois sempre que ela avançar mais indagações surgirá. Não somos capazes de prever o futuro, porém é certo que os computadores terão cada vez mais importância na vida das pessoas. Podemos afirmar, também, que o avanço genético e a bioengenharia continuarão a ter grandes avanços.

Amaury Cardoso

Blog de artigos: www.amaurycardoso.blogspot.com.br


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