PONTO DE VISTA
AS TRANSFORMAÇÕES NA SOCIEDADE DO SÉCULO XXI
A Política é apresentada por nossa mídia como se os partidos políticos perecessem uma espécie de teatro de silhuetas, todos eles falsos, onerosos e corruptos. A sociedade mostra-se cada vez mais alienada, entediada e irritada, tanto com a mídia quanto com os políticos. Para a maioria das pessoas não faz diferença quem ganhe.
A lista de problemas com que se depara a nossa sociedade é interminável. Sentimos o cheiro fétido que exala da corrosão moral e ética. Assistimos à derrocada de suas instituições, uma após a outra, envolvidas em um lamaçal de ineficiência e corrupção que causa a sensação de que nada funciona, sensação essa extremamente perigosa para qualquer democracia.
Percebo que a sociedade do século XXI se fixa nos problemas mais prementes de hoje, da energia, guerra e pobreza à degradação ecológica e à falência das relações familiares. Essas questões não podem mais ser resolvidas dentro da estrutura de uma civilização industrial.
A sociedade industrial de massa forjou-se no compromisso de preservar a sociedade, os campos básicos da preservação da família constituída em torno de um núcleo, o sistema de educação de massa, a corporação gigantesca, o sindicato profissional da massa, a Nação Estado centralizada. Essa sociedade começa a desaparecer.
Diante dessa nova realidade, não podemos ignorar que as elites lutam para reter ou restabelecer um passado insustentável porque adquiriram riqueza e poder que para a sociedade do futuro não são aceitáveis.
Um Partido que encare o futuro com seriedade deve alertar para os problemas que poderão advir e sugerir uma mudança preventiva, a política precisa se tornar antecipatória e preventiva. Acho que para as agremiações partidárias de hoje é tarefa difícil.
A lacuna entre as mudanças objetivas do mundo em geral e a estagnação da política e do governo está minando o próprio tecido de nosso sistema político. Nos defrontamos com a mais profunda convulsão social e reestruturação de todos os tempos. As grandes transformações vêm fazendo com que surja uma nova civilização com a sua própria e distinta concepção do mundo, maneiras próprias de lidar com o tempo, o espaço, a lógica e a relação de causa e efeito, e seus próprios princípios para a política do futuro. Essas mudanças refletem-se em nosso trabalho, em nossa vida familiar, em nossas reações, atitudes e moralidade. E essas mudanças na sociedade, é claro, não ocorrem sem conflito.
Vivemos atualmente um desses pontos de exclamação da história em que toda a estrutura do conhecimento humano é novamente abalada pelas mudanças enquanto velhas barreiras são derrubadas.
Em suma, a produção está sendo reconceituada como um processo muito mais abrangente do que os economistas e ideológicos da economia inculta imaginavam. E, a cada passo, a partir de hoje, é o conhecimento, não a mão-de-obra barata; símbolos, não matérias-primas, que incorporam e agregam valor.
Para ilustrar cito duas declarações que definem esse fato histórico. Mikhail Gorbachev em discurso declarou: “Fomos um dos últimos a perceber que, na idade da ciência da informação, o ativo mais caro é o conhecimento.” O próprio Karl Marx deu a definição clássica de um momento revolucionário. Ele ocorre, disse ele, quando as “relações sociais da produção (significando a natureza da propriedade e do controle) impedem que os meios de produção (grosseiramente falando, a tecnologia) continuem a se desenvolver.” Uma coisa é certa, é o conhecimento que aciona a economia.
Precisamos, como primeiro passo, lançar o debate público mais amplo possível sobre a necessidade de um novo sistema político sintonizado com as necessidades da sociedade do novo século, e colher um conjunto de propostas voltadas para a reestruturação política.
Sem essa pressão de baixo, não devemos esperar que muitos dos líderes nominais de hoje – presidentes e políticos, senadores e deputados – desafiem as instituições que, por mais obsoletas que sejam, lhes dão prestígio, dinheiro e a ilusão, senão a realidade, de poder. Alguns políticos e altos funcionários perspicazes, raros é bem verdade, darão o seu apoio à luta pela transformação política.A responsabilidade da mudança, por conseguinte, cabe a nós.
A Política é apresentada por nossa mídia como se os partidos políticos perecessem uma espécie de teatro de silhuetas, todos eles falsos, onerosos e corruptos. A sociedade mostra-se cada vez mais alienada, entediada e irritada, tanto com a mídia quanto com os políticos. Para a maioria das pessoas não faz diferença quem ganhe.
A lista de problemas com que se depara a nossa sociedade é interminável. Sentimos o cheiro fétido que exala da corrosão moral e ética. Assistimos à derrocada de suas instituições, uma após a outra, envolvidas em um lamaçal de ineficiência e corrupção que causa a sensação de que nada funciona, sensação essa extremamente perigosa para qualquer democracia.
Percebo que a sociedade do século XXI se fixa nos problemas mais prementes de hoje, da energia, guerra e pobreza à degradação ecológica e à falência das relações familiares. Essas questões não podem mais ser resolvidas dentro da estrutura de uma civilização industrial.
A sociedade industrial de massa forjou-se no compromisso de preservar a sociedade, os campos básicos da preservação da família constituída em torno de um núcleo, o sistema de educação de massa, a corporação gigantesca, o sindicato profissional da massa, a Nação Estado centralizada. Essa sociedade começa a desaparecer.
Diante dessa nova realidade, não podemos ignorar que as elites lutam para reter ou restabelecer um passado insustentável porque adquiriram riqueza e poder que para a sociedade do futuro não são aceitáveis.
Um Partido que encare o futuro com seriedade deve alertar para os problemas que poderão advir e sugerir uma mudança preventiva, a política precisa se tornar antecipatória e preventiva. Acho que para as agremiações partidárias de hoje é tarefa difícil.
A lacuna entre as mudanças objetivas do mundo em geral e a estagnação da política e do governo está minando o próprio tecido de nosso sistema político. Nos defrontamos com a mais profunda convulsão social e reestruturação de todos os tempos. As grandes transformações vêm fazendo com que surja uma nova civilização com a sua própria e distinta concepção do mundo, maneiras próprias de lidar com o tempo, o espaço, a lógica e a relação de causa e efeito, e seus próprios princípios para a política do futuro. Essas mudanças refletem-se em nosso trabalho, em nossa vida familiar, em nossas reações, atitudes e moralidade. E essas mudanças na sociedade, é claro, não ocorrem sem conflito.
Vivemos atualmente um desses pontos de exclamação da história em que toda a estrutura do conhecimento humano é novamente abalada pelas mudanças enquanto velhas barreiras são derrubadas.
Em suma, a produção está sendo reconceituada como um processo muito mais abrangente do que os economistas e ideológicos da economia inculta imaginavam. E, a cada passo, a partir de hoje, é o conhecimento, não a mão-de-obra barata; símbolos, não matérias-primas, que incorporam e agregam valor.
Para ilustrar cito duas declarações que definem esse fato histórico. Mikhail Gorbachev em discurso declarou: “Fomos um dos últimos a perceber que, na idade da ciência da informação, o ativo mais caro é o conhecimento.” O próprio Karl Marx deu a definição clássica de um momento revolucionário. Ele ocorre, disse ele, quando as “relações sociais da produção (significando a natureza da propriedade e do controle) impedem que os meios de produção (grosseiramente falando, a tecnologia) continuem a se desenvolver.” Uma coisa é certa, é o conhecimento que aciona a economia.
Precisamos, como primeiro passo, lançar o debate público mais amplo possível sobre a necessidade de um novo sistema político sintonizado com as necessidades da sociedade do novo século, e colher um conjunto de propostas voltadas para a reestruturação política.
Sem essa pressão de baixo, não devemos esperar que muitos dos líderes nominais de hoje – presidentes e políticos, senadores e deputados – desafiem as instituições que, por mais obsoletas que sejam, lhes dão prestígio, dinheiro e a ilusão, senão a realidade, de poder. Alguns políticos e altos funcionários perspicazes, raros é bem verdade, darão o seu apoio à luta pela transformação política.A responsabilidade da mudança, por conseguinte, cabe a nós.
Amaury Cardoso
amaurycardosopmdb@yahoo.com.br
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