O Brasil encontra-se dividido, fraturado, não mais se reconhecendo em valores e princípios comuns, carecendo, mais do que nunca, de solidariedade, da contribuição de todos para todos, sem nenhum tipo de exclusão. Entendo ser de fundamental importância que nos reconheçamos em princípios que sejam por todos compartilhados. A política da forma como é praticada em nosso país tem contribuído para o seu descredito, o que ao meu ver torna-se um risco para o avanço da democracia. Infelizmente, a democracia representativa a cada eleição vem perdendo qualidade, o que contribui para o seu discrédito junto a sociedade. Entendo ser imprescindível a realização de uma reforma profunda no sistema político/eleitoral brasileiro.
Tenho a clara percepção da necessidade de articular o diálogo social e político, procurando fazer com que os Poderes falem entre si, com o objetivo fundamental de enfrentar a grave desigualdade social existente em nosso país que tem levado milhões de brasileiros a fome. Esse enfrentamento deve ser realizado pelas três esferas do poder executivo, e que elas ofereçam educação de qualidade para todos, independentemente de condição social, gênero, raça ou religião. Além da educação de qualidade, a justiça social precisa, de forma emergêncial, merecer reparação social atráves da criação de base legal de programas sociais, os quais servirá de alicerce para ações que depois se desenvolverão. A proteção social, para mim é imprescimdível, razão pela qual defendo a implantação de um amplo sistema de assistência social, direcionado aos pobres e desamparados.
Parto do princípio de que desenvolvimento humano se dá com a elevação do padrão social de todos, reconhecendo a dignidade humana de cada um. Sempre defendi a importância de se estabelecer um compromisso com o desenvolvimento socialmente inclusivo, capaz de incorporar as pessoas ao mercado de trabalho. A educação, em especial na sua base através do ensino integral, e o bem estar material sempre foram a minha maior bandeira de luta política. Sem igualdade de oportunidades, sem uma efetiva igualdade de todos perante a Lei, sem uma educação de qualidade que permita acesso a todos e sem condições sociais e de amplo acesso aos modernos meios de comunicação, nenhum país pode crescer com justiça social. É preciso romper esse sistema onde os pobres são os mais prejudicados. O nosso país não pode continuar convivendo com elevado grau de injustiça social e disparidade de oportunidades. Sonho que chegue o dia em que cada brasileiro tenha o direito pleno de cidadania, e com isso uma elevada autoestima e emancipação. "O trabalho enobrece, o desemprego avilta as pessoas e fere sua dignidade!".
Sempre defendi, o que para mim é primordial, a garantia a igualdade de oportunidades para todas as pessoas. Essa deve ser a principal obstinação de um político bem intecionado e compromissado com transformações, esse deve ser a prioridade de um governo progressista com forte sensibilidade para as causas sociais. Mas do que um consenso, há uma unanimidade: a Educação é o caminho para a construção de uma sociedade mais justa e digna, e deve se tornar uma prioridade de governo. Vivenciamos a carência alimentar de crianças, mas também o baixo nível digital da educação pública. Aulas online são majoritariamente utilizadas por escolas privadas que atendem a uma população de alto nível social, capazes de pagar por esses serviços. Logo, os que estão no andar de baixo da pirâmide social sentem ainda mais fortemente a desigualdade, não podendo ter acesso a um mundo digital que se impõe. Trata-se de lhes dar passagem para esse "novo" mundo, algo que veio para ficar. É imperioso elevar a capacitação educacional do povo mediante uma educação de qualidade e universal, utilizando os novos meios tecnológicos e digitais. Tudo isso, evidentemente, valorizando os professores, treinando-os e aumentando seus salários, ou seja, dignificando essa valorosa profissão.
O grande avanço da educação sempre foi meu sonho e prioridade na minha militância política. Não há como pensar em igualdade de oportunidades sem elevar a qualidade da educação e ampliar o seu acesso. Avançar na Reforma Educacional a partir da sala de aula pressupõe renovação de metodologias, utilização das mais modernas e eficientes ferramentas educacionais, em particular as digitais, alcançando todas as crianças, jovens e adolescentes, sobretudo os mais carentes. Isso implica, inclusive, fornecer computadores para os que não têm condições de comprá-los e dotando as escolas de internet de qualidade. Para mim o valor da Educação é incomensurável!
O nosso atual sistema político é elitista, perverso e excludente, em razão disso deve ser reformado, atento às melhores condições de exercício da democracia. Visando aperfeiçoar o nosso sistema político, defendo eleições com menor custo, algo que pode ser atingido por intermédio do voto distrital e do voto proporcional por lista, com o substancial ganho de aproximar o eleitor de seus representantes políticos. Trata-se de empoderar o cidadão enquanto eleitor. Penso ser necessário devolver a dignidade à política e não fortalecer o seu aviltamento atual. Política e moralidade não são termos que se excluam entre si. Não abro mão desses princípios na minha trajetória política.
Estamos as vésperas de mais um período eleitoral, e em meio a um contexto de profundas transformações, avanços tecnológicos, novas dinâmicas sociais e expansão da desigualdade social, para mim está posto o desafio a todos os atores políticos. Dificil é acertar na escolha de quais candidatos estão conscientes do desafio que terão que enfrentar e, principalmente, do que precisa ser feito. Infelizmente a realidade é que poucos estão preparados para o enfrentamento dos grandes desafios que a posição de "representates do povo" os impõe. Neste contexto, defendo políticas públicas modernas e arrojadas, novas formas de geração de emprego e renda, além de pesados investimentos na infraestrutura e na formação, qualificação e aprimoramento da nossa mão de obra, para que brasileiros estejam alinhados às tendências e demandas do mercado de trabalho do século 21.
O sucesso econômico de um governo deriva da ação ou da omissão de seus governantes. Não se trata de análise, mas de um fato. A segurança jurídica e a institucional são condições igualmente importantes de uma economia saudável e pujante. Os custos da eficiência e do desperdício sobrecarregam e, ao mesmo tempo debilitam qualquer governo, e impede a execução de políticas públicas fundamentais. Penso ser obrigação do político repensar o papel social do Estado, garantindo ao mesmo tempo a confiança daqueles que empreendem.
Vivemos em um país com graves desigualdades sociais. O Estado não pode ser o dos privilegiados, mas o dos carentes e deserdados. Entendo a importância da parceria público-privada, pois consiste em suprir as necessidades de investimentos, algo que o Estado (Governo) não consegue fazer. Na minha visão, áreas particularmente propícias para tais investimentos são as obras e melhorias em ferrovias, rodovias, saneamento básico, entre outras pautas de infraestrutura. Isso demanda igualmente a elaboração de projetos arrojados e transparentes, de ampla discussão com a sociedade.
É essencial que as ações tomadas na busca pela igualdade de oportunidades não sejam consideradas como gasto público, mas como um importante investimento. Em suma, para que possamos nos desenvolver, o Estado precisa dar atenção, em primeiro lugar, aos que mais necessitam. Não basta garantir aos cidadãos com maior vulnerabilidade social apenas acesso à internet e aos meios digitais. A eles devem ser oferecidos a melhor qualidade e o melhor acesso possível. É dessa forma, ao me ver, que se viabiliza realmente um impacto positivo na sociedade por meio da Educação, capaz de libertá-los da exclusão e da invisibilidade a que foram submetidos durante décadas.
As novas dinâmicas sociais do século 21, marcadas por constantes transformações, alteraram completamente o modo das pessoas de viver, conviver, produzir e consumir. O mercado de trabalho apresenta novas exigências de competências e habilidades. É percepitível o crescimento em nosso país do contigente formado por informais, desempregados e desalentados que somente será reduzido por políticas públicas que, gerem uma profunda inserção social. A dinâmica do mercado de trabalho está intimamente ligada ao desenvolvimento é a qualidade educacional. O compromisso com um grande avanço nessa área precisa ser uma das grandes lutas de quem respeita e dignifica o mandato recebido. Igualdade de oportunidades é, sobretudo, educação de qualidade para todos.
Destaco a importância de políticas públicas sociais, que permitam que seus beneficiários tenham a capacidade de atingir graduação superior, por consequência, uma autonomia financeira através da condição de conquistar vagas de emprego no novo mercado de trabalho, oferecido através de uma inclusão produtiva. Cabe ressaltar que reconheço a importância do sistema de cotas como instrumento que visa garantir que, em futuro imediato, rompa-se o circuito fechado da desigualdade e haja oportunidades justas para todos.
Percebo que uma das maiores difuiculdades no que tange às políticas públicas de enfrentamento dessa mazela tem sido a mera tentativa de conter suas consequências, em vez de secar-lhe a fonte. Entretanto, a violência só diminuirá de forma significativa com pesados investimentos em educação. Evidentemente, a valorização dos profissionais de segurança pública e o policiamento ostensivo merecem atenção do Estado, mas compoem apenas uma parte de um amplo conjunto de políticas integradas de segurança cidadã.
Penso que devem ser consideradas também, e de modo prioritário, a prevenção e a ressoalização enquanto formas de promover a redução da violência. Isso pode ser concretizado por meio de atividades esportivas, culturais e educativas, sobretudo voltadas para populações em situação de maior vulnerabilidade social e econômica, já que os índices de violência estão ligados aos patamares de desigualdade social, sobretudo nos grandes centro urbanos. Contudo, não se pode partir do pressuposto de que todos os criminosos possam ser ressocializados.
Outro tema que reputo grande relevância é o fato de estarmos diante da triste realidade do aumento do pior indicador social, que é a fome. É inadimissível a banalização do aprofundamento de uma crise humanitária dessa magnitude. Entendo e defendo que os benefícios sociais, como o abono salarial, o seguro-desemprego, o FGTS e o Salário Família, que protegem o trabalhador contra flutuações no mercado de trabalho, deveriam de alguma forma estar vinculados às ações de desenvolvimento social. O Estado precisa agir de maneiras transversal e não segmentada, pois o século 21 nos impõe uma realidade na qual os benefícios sociais, trabalho, previdência e seguridade social precisam estar contextualizados com as novas dinâmicas das relações laborais e socioeconômicas.
É igualmente fundamental a integração entre os Poderes, com definições claras acerca das atribuições de cada ente federativo, e a priorização da recuperação dos espaços nos grandes centros urbanos, como passeios públicos e transporte coletivo, no intuito de gerar uma sensação de pertencimento à sociedade com relação ao lugar em que vivem e aos espaços compartilhados pela coletividade.Um dos pontos que precisa avançar com maior urgência é o da modernização da Gestão Pública, que possui uma organização estrutural pesada e com práticas oriundas do século passado, as quais, frequentemente, não se refletem na execução de serviços de qualidade. Os programas que precisam ser implementados nas diversas áreas do Setor Público dependem de uma correta execução para gerar impacto positivo na vida de quem mais necessita.
Por isso, é preciso adotar procedimentos que aumentem a eficiência e a eficácia da gestão, gerando estímulo aos servidores e valorizando as boas práticas. Entendo que a melhoria da qualidade de vida em nosso país depende da correta apliacação dos recursos públicos e de foco no resultado, o que pode ser alcançado com ações como o aprimoramento da comunicação entre Setor Público e a sociedade e a proximidade da Gestão com as demandas do cidadão, reduzindo a burocracia e agilizando o atendimento, devendo ser a transparência o seu norte. Um Estado avançado, deve realizar parcerias público-privadas para oferecer serviços de qualidade aos cidadãos, aprimorar a transparência das finanças públicas, apresentando dados como arrecadação e gastos públicos de modo mais didático e acessível aos cidadãos. Governo Funcional é um governo que funciona, aquele que se orienta pela compreensão das prioridades das pessoas. Que entende que a responsabilidade fiscal é um valor maior da administração pública, sem a qual osd mais prejudicados são os mais necessitados. Isso se traduz pela necessidade de uma gestão que dê agilidade e funcionalidade à máquina estatal, evitando desperdícios e valortizando os impostos e contribuições pagas.
Por fim, entendo que a política é o lugar de confronto entre atores responsáveis por suas ações e atitudes. Me posiciono com profundo respeito pelas instituições republicanas, cuja preservação é um princípio inabalável. Para mim instituições estáveis são inquestionaveis, sendo os pilares da nossa Constituição e, consequentemente, da democracia. Tenho um profundo respeito pelo direito sagrado da liberdade expressão, de pensamento e circulação de ideias, contra a censura.
Amaury Cardoso
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