quarta-feira, 2 de abril de 2025

A COP 30 E SEUS CRESCENTES DESAFIOS. - ARTIGO: março/2025



Os olhares e expectativas dos representantes de diversos organismos ambientais, cientistas, líderes mundiais, ambientalistas, líderes de organizações não governamentais se voltam para o Brasil que irá sediar esse ano, no mês de novembro, a trigésima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima para discutir o futuro do planeta frente as crescentes mudanças do clima.

Os debates sobre o enfrentamento da crescente crise climática, com destaque para temas cruciais, dentre tantos, o financiamento climático para mitigação das emissões de gases de efeito estufa a adaptação dos países às graves consequências da crise climática, bem como a reparação das perdas e danos.

Diante dos fracassos dos encontros anteriores, renovam-se as esperanças de que a COP 30 consiga se tornar uma plataforma que alinhe políticas climáticas com foco na promoção da justiça social. A retomada das discussões globais sobre clima, por ser sediada no Brasil, terá como um dos pontos principais a sustentabilidade, cujo o destaque será a Amazônia, que é vista pelos cientistas, estudiosos sobre questões climáticas e ambientalistas como elemento-chave para à regulação climática mundial, o que coloca o atual governo brasileiro no centro das discussões globais no campo da sustentabilidade.

O Brasil precisará demonstrar seus esforços em áreas fundamentais como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, como também avançar em processos multilaterais apresentados na ECO 92 e na RIO + 20, com destaque no fortalecimento da resiliência das comunidades vulneráveis. Para isso é esperado que a COP 30 encontre e aprove soluções para limitar o aquecimento global a 1,5 graus célsius.

Diante do lamentável histórico de fracassos dos encontros climáticos das conferências sobre mudanças climáticas, a COP 30 está diante de um enorme desafio que é o de conseguir avanços efetivos e significativos, cujo os principais são o de obter o real compromisso dos países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação ao financiamento climático, obter garantias que as metas de redução de emissões sejam compatíveis com as desejadas pelos cientistas climáticos e, principalmente conseguir lidar com os impactos socioeconômico causados pelas mudanças climáticas, em especial, as populações vulneráveis.

As discussões sobre as mudanças climáticas sempre encontraram dificuldade de construir um discurso coeso entre os governantes, a sociedade civil e o setor privado. Percebo que o Brasil está politicamente enfraquecido na sua capacidade de articular demandas e soluções efetivas na COP 30. O governo brasileiro irá sofrer uma forte pressão internacional para apresentar resultados reais, sobretudo na redução do desmatamento, que no atual governo vem aumentando, e na transição energética.

O fato é que o nosso planeta se encontra diante de extremos perigos em face das obsessões predatórias que vem produzindo calamidades em todo o mundo. Não há dúvidas que a humanidade está diante de um problema grave e aterrador, e de que quanto mais tempo demorar a ser tratado com a necessária responsabilidade, mais terrível será o legado deixado para as próximas gerações. Os sinais climáticos não deixam dúvida. Caso não seja feito nada, não sabemos que tipo de mundo sobreviverá a essa voraz investida predatória dos gananciosos de plantão.


 Amaury Cardoso

Graduação em Física, Pós Graduação em Gestão Publica, Pós Graduação em Políticas Públicas e Governo, Pós Graduação em Marketing, Comunicação, Planejamento e Estratégia em Campanhas Eleitorais, Especialização em Políticas e Estratégia, Especialização em Ciências Políticas.

segunda-feira, 3 de março de 2025

O CRESCIMENTO DO CRIME ORGANIZADO AMEAÇA O ESTADO BRASILEIRO. - Artigo: fevereiro/2025


A segurança pública é um desastre no Brasil! O crescimento e avanço do domínio do crime organizado em nosso país em particular tem levado os cidadãos brasileiros vivenciar um contexto onde a violência está sempre presente. Na última década, a questão da segurança pública passou a ser considerada um problema seríssimo e principal desafio ao estado de direito no Brasil. Com isso, os problemas relacionados ao aumento da taxa de criminalidade, o aumento da insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, as superlotações nos presídios, somado aos casos de ineficiência das instituições responsáveis pela segurança pública e pelo alto índice de corrupção do país, representam os desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Brasil. 

É frequente nos depararmos com a afirmação de que a pobreza é a causa da criminalidade, o que, particularmente, não concordo com essa posição a meu ver simplista. Para mim é evidente que o estado brasileiro nunca cumpriu nem medianamente a principal função de todo o estado: dar segurança a seus cidadãos, um direito muito valorizado por todos.

Entendo que os desafios em torno do sistema de segurança pública apresentam-se como um problema de caráter social que afeta continuamente a população. Isso se deve, sobretudo, à falta de recursos e investimentos do poder público destinados ao sistema de segurança do País, e, também, à ausência de uma educação mais qualificada e expansiva, que ensine os indivíduos a respeitarem os princípios sociais. Logo, são necessárias mais ações dos órgãos governamentais e sociais, visando o enfrentamento dessa questão. É importante destacar o papel da educação no combate a essa temática, já que, assim como preconizado pelo educador brasileiro Paulo Freire, “se a educação não pode transformar sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.

O que se observa é que os investimentos públicos na área da segurança pública priorizam o aumento do efetivo e o aprimoramento da tecnologia, que é importante, mas de pouca eficácia pelo fato dê estarem se concentrado somente em ações "visíveis”, que tendem a ser menos efetivas. O que eu percebo são ações de combate ao crime organizado de pouca efetividade, que tenta inibir o crime/violência ou agir depois que ele aconteceu, mas que não considera a necessidade da prevenção. Os governos se sucedem e as estratégias de segurança são direcionadas com enfoque no curto prazo, de caráter policial ostensivo, ações cuja a grande maioria tem se revelado ineficazes. Há muitas operações, mas pouco resultado eficaz, além do fato de não se construir políticas públicas de longo prazo, envolvendo desde enfoques sociais com a juventude até investigação com qualificada inteligência e mais robusta sobre mercados paralelos.

Estamos diante de um crescimento assustador e extremamente preocupante do crime organizado que tem gerado um altíssimo índice de violência que vêm exigindo do Estado medidas de contenção efetivamente severas e eficazes. Entendo, diante da ousadia dos criminosos, haver a necessidade de se implantar uma política de segurança pública de tolerância zero, baseada no duro enfrentamento, além de urgentes mudanças no código penal brasileiro com aplicação de leis penais severas. 

Cabe ao Estado promover políticas públicas de segurança consistentes, caso não o faça irá perder< em curto tempo, o monopólio sobre as facções criminosas. Os criminosos precisam deixar de ter a certeza da impunidade, só dessa forma irão parar de barbarizar absurdamente a sociedade. As pessoas não podem continuar a viver em cidades conflagradas e dominadas pelo crime organizado. Dentro de fortes parâmetros legais, o estado precisa reagir e voltar a ser o protagonista na garantia das liberdades individuais, sobretudo, na garantia do direito de ir e vir dos cidadãos. O estado brasileiro não pode se permitir chegar a um ponto de não retorno. Essa condição está próxima de acontecer se o estado continuar se valendo de medidas de segurança pública baseadas em operações de manutenção, ou seja, adotando políticas públicas de segurança com a intenção de tão somente tentar evitar a expansão do crime organizado, o que convenhamos não está conseguindo. O estado está perdendo a guerra contra o crime! É imprescindível que está gravíssima situação seja evitada!


Amaury Cardoso

Graduação em Física, Pós Graduação em Gestão Publica, Pós Graduação em Políticas Públicas e Governo, Pós Graduação em Marketing, Comunicação, Planejamento e Estratégia em Campanhas Eleitorais, Especialização em Políticas e Estratégia, Especialização em Ciências Políticas.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

O DILEMA DA “ESCOLHA DE SOFIA” DO PRESIDENTE LULA DIANTE DAS ELEIÇÕES DE 2026. - Artigo: Janeiro/2025


As incertezas e fortes ameaças de colapso da economia brasileira em 2027 se devem ao fato do presidente Lula se colocar relutante a promover com a necessária eficácia ajustes fiscais e corte de gastos em seu governo. O presidente Lula tem afirmado que se depender dele não haverá novas medidas fiscais. Ocorre que o governo Lula ao se manter irredutível em relação a promover profundos e eficazes cortes de gastos públicos irá se deparar com um inevitável problema do crescimento dos gastos obrigatórios, que possuem regras específicas por leis, que já é elevado e ocupa uma fatia enorme do orçamento e que progressivamente no curto prazo tomara o pequeno espaço orçamentário dos chamados gastos discricionários .

O chamado “arcabouço fiscal”, aprovado no primeiro ano do governo Lula (2023), prevê que as despesas do governo não poderá crescer mais de 2,5% ao ano acima da inflação. Caso ocorra o crescimento das despesas públicas acima desse percentual estabelecido elas irão aos poucos consumir os parcos recursos disponíveis para os gastos públicos livres dos ministérios, com o grave risco de, caso não seja realizado um profundo corte de gastos, ocorrer uma paralisação  da máquina pública federal. Com esse cenário, adeus qualquer possibilidade de reeleição do presidente Lula!

Pelos cálculos da Consultoria da Câmara Federal, esse risco de paralisia do governo existe e se intensifica a partir de 2027, ou seja, o próximo presidente irá assumir um governo com um orçamento totalmente inviabilizado. A realidade é que o governo federal possui hoje um espaço orçamentário muito pequeno para gastos livres dos ministérios, algo em torno de R$ 29,6 bilhões, o que é considerado muito pouco para atender todas as despesas provenientes das demandas do governo Lula.

Essa possibilidade cria o grave risco de que o arcabouço fiscal tenha que ser descumprido, o que eleva o endividamento do governo federal, com isso provocando a elevação das taxas de juros, afetando diretamente o setor produtivo e pessoas físicas. Um quadro de desastre econômico, fiscal e social total!

O governo federal, até o momento, tem se mostrado incapaz de evitar o crescimento dos gastos públicos obrigatórios nas áreas do setor previdenciário, dos servidores federais, das emendas obrigatórias individuais, de bancadas e de comissão, dentre outras. 

O governo Lula a continuar relutando em adotar medidas severas de corte de gastos caminha para um cheque mate fiscal e orçamentário. Especialistas no campo econômico apontam no sentido de que a equipe econômica do governo deve seguir insistindo na adoção de políticas severas de austeridade fiscal, cortando gastos considerados mais altos que o necessário. O conselho está dado, mas será que o desgastado e enfraquecido ministro da Fazenda, Fernando Hadad, terá força política para quebrar, já em 2025, a forte resistência do presidente Lula? Só o tempo dirá! A verdade é que, ao se aproximar as eleições de 2026, o presidente Lula se encontra diante do dilema da “escolha de Sofia”. E agora, qual será a sua decisão política?



Amaury Cardoso

Graduação em Física, Pós Graduação em Gestão Publica, Pós Graduação em Políticas Públicas e Governo, Pós Graduação em Marketing, Comunicação, Planejamento e Estratégia em Campanhas Eleitorais, Especialização em Políticas e Estratégia, Especialização em Ciências Políticas.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

A BUSCA PELO SENTIDO DA EXISTÊNCIA. - Artigo: Dezembro/2024



Desde os primórdios da humanidade muitas pessoas se perguntam sobre qual o sentido da vida. Este é um enigma que intriga a muitos que não sabem a razão do porque vivem. Um número expressivo de pessoas ainda não encontraram um sentido para sua existência e se depararam com o sentimento da incerteza e a convivência com o sentimento de estarem perdidos.

Entre os seres vivos, os seres humanos precisam encontrar um sentido para sua vida e se perguntam: Qual o propósito da minha existência? O que se observa é que para a maioria das pessoas, o que a leva a questionar o sentido da sua existência e não a essência da vida (para muitos por desconhecimento), mas sim a sensação do vazio,  a sensação de que em um momento tudo pode mudar, e em razão disso surge o medo, o sentimento de impotência que causa uma mistura de angústia e ansiedade, tendo como consequência o sofrimento.

No livro “Em busca de sentido”, o autor Viktor Frankl relata: “Precisamos aprender que nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós”. Entendo ser esse o ponto central, o grande dilema da nossa existência. 

Partindo do entendimento de cada ser humano é unico e singular, nenhum ser humano pode ser comparado com outro e nem pode ser substituído no processo, que é próprio de cada um.

Culturalmente o sentido da vida está associado a harmonia e felicidade e, sem o sentir deles, a vida acaba perdendo o sentido para alguns. O propósito da vida passa, então, a ser preencher o desejo de felicidade. Cria-se uma expectativa e, quando a felicidade não é alcançada a existência torna-se uma lamentável experiência, um grande sofrimento. 

A resposta para o sentido da vida, com certeza, não será uma resposta que seja satisfatória a todos, pois o que se percebe é que o que importa não é o sentido da vida de um modo geral, mas sim o sentido específico da vida de uma pessoa, em determinado momento de sua existência.

Cada um tem sua vocação, seu nível educacional, cultural e espiritual, sua missão pessoal, para a qual precisa executar tarefas específicas. E é neste ponto que a pessoa não pode ser substituída, somente ela pode realizá-la.

Encontrar caminhos que façam sentido para nós é uma maneira de vivermos plenamente. O desafio é saber escolhe-los, e trilhá-los com o coração e uma considerável dose de responsabilidade, pois tudo que nos acontece vem em decorrência das nossas escolhas, atitudes, comportamentos e decisões.

Na verdade, acredito que o ser humano precisa aprender a se relacionar com sigo mesmo, com o seu próximo e com a magnitude da natureza que compõem o seu incrível mundo!


Amaury Cardoso 

Graduação em Física, Pós Graduação em Gestão Publica, Pós Graduação em Políticas Públicas e Governo, Pós Graduação em Marketing e Comunicação, Estratégia e Planejamento de Campanhas Eleitorais, Especialização em Política e Estratégia, Especialização em Ciências Políticas.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

VIVEMOS EM UMA REPÚBLICA, CONTUDO MUITAS PESSOAS ENTRAM EM CONFLITO COM OS SEUS CONCEITOS! - Artigo: novembro/2024


O conceito de República esteve associado ao longo dos anos a um Estado que retrata a preocupação com o bem comum, independente do tipo de regime. O fundamento de uma república está alicerçado na preocupação com o bem comum, ou seja, coletivo.

Aprendi que a expressão valores republicanos tem um leque de significados positivos, a exemplo de eleições livres, separação entre Estado e Igreja, separação entre público e privado, a educação universal, dentre outros.

Contudo, é fato que os princípios republicanos são os mesmos conceitualmente, mas sua aplicabilidade e a capacidade de exercer seus princípios variam em conformidade com a sociedade. Por exemplo: tentar aplicar princípios liberais em uma sociedade que não nutre as bases do princípio liberal irá resultar em uma política conflituosa. Se não vejamos: Público, passa a visão de que é de todos nós, razão pela qual temos a responsabilidade de cuidar do que é público, ou seja, nosso. No entanto, culturalmente no Brasil, o que é público não é de ninguém. A maioria das pessoas individualmente não se considera responsável pelo que é público. Se a rua está suja, os bueiros estão cheios de lixo a calçada da sua casa está cheia de mato, a culpa é da prefeitura, não do cidadão que não cuida do público, ao contrário contribui para deteriorar o que é público porque entende que quem tem que cuidar do público é o poder público. Esse comportamento não é uma atitude republicana, no sentido de que res + publica tem dimensão de compromisso compartilhado (cidadão e governo) com o que é público.

Portanto, não se trata apenas de intuições, mas de cultura, educação, valores e compromisso em zelar pelo que é público. Mudar esse comportamento é uma tarefa muito difícil e de longo prazo, que passa pelo entendimento e reconhecimento de que espaço público é um bem de todos e, portanto, deve ser preservado, cuidado por todos.

O livro “Acabeça do brasileiro” do cientista político Alberto Carlos de Almeida, comprova por meio de uma pesquisa nacional sobre valores enraizados de nossa sociedade, que a maioria da população não tem a visão de mundo de república idealizada pelos acadêmicos e professores universitários das áreas de ciências sociais. Assim, essas elites exigem algo que o Brasil não tem condições de entregar.

É fato que a visão de mundo e os valores de uma sociedade mudam, mas é um processo muito lento. Em função dos nossos valores sociais, o Brasil ainda não é uma república na sua essência.


Amaury Cardoso

Graduação em Física; Pós graduação em Gestão Publica; Pós graduação em Políticas Públicas e Governo; Especialização em Estratégia Política; Especialização em Ciências Políticas; Especialização em Marketing Político, Comunicação, Gestão e Estratégia.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

ERRA QUEM RELATIVIZA O CRESCIMENTO DA FORÇAS POLÍTICA DE CENTRO, CENTRO DIREITA E DIREITA! - Artigo: novembro/2024.


Com o resultado das eleições presidenciais e do Congresso nos EUA, erra quem relativiza o crescimento das forças políticas no campo ideológico de centro, centro direita e direita em varias partes do mundo.

Em julho escrevi um artigo sobre o processo eleitoral nos EUA no momento em que Trump sofreu um atentado contra sua vida. Nesta oportunidade eu afirmei que o episódio alavancaria a eleição de Trump ao ponto de assegurar a eleição dele.

O partido democrata sentiu o golpe, e reconheceram que Biden não seria capaz de conter o crescimento e a vitória de Trump, não só por ele não reunir condições políticas e físicas de vencer, mas principalmente porque seus grandes apoiadores financeiros, ao visualizar a derrota de Biden, estavam abandonando a campanha democrata.

Para evitar um fiasco eleitoral o partido democrata apresentou uma nova alternativa, e Biden escolheu sua vice-presidente Kamala , que, também em julho, afirmei que não era o perfil mais apropriado para levar a vitória dos democratas, em razão dela ter sido uma vice-presidente apagada e vacilante em três questões fundamentais para os americanos: a econômica, a migratória e a fragilidade em lidar com à questão dos conflitos internacionais. 

Durante o processo eleitoral as pesquisas falharam ao sinalizar a possibilidade de vitória dos democratas com a candidatura de Kamala, fato que deu a ela a confirmação, em convenção democrata, de sua candidatura em detrimento aos seus oponentes no partido, mesmo sendo dois governadores experientes que governam estados importantes e estratégicos. 

A vitória de Trump se mostra fragosa e humilhante para os democratas. Trump vence todos os estados pêndulos decisivos. Trump vence com grande vantagem no numero de delegados e de eleitores. Essa diferença na vitória de Trump vem em decorrência de uma melhor estratégia que focou em temas importantes para o eleitorado conservador dos EUA, em especial o fator econômico.É fato que essa vitória da direita nos EUA foi determinante para o avanço da direita no cenário político internacional!

Meu ponto de vista sobre a vitória de Trump, apresentado em julho desse ano, se confirma! Trump vence com poderes significativos!

Vence na Suprema Corte com 6 ministros conservadores e nas casas legislativas vence com folga: Senado - Partido Republicano conquista 52 cadeiras; Câmara - Partido Republicano conquista 198 cadeiras. Nos 11 estados americanos que houve disputa para governador, o partido republicano vence em 09, vencendo, também, na Suprema Corte com 06 ministros conservadores.

O Partido Democrata no senado conquista 41 cadeiras e na Câmara, conquista 180 cadeiras.

Até o fechamento desse artigo, Trump conquistou 292 delegados e Kamala 226. Esse resultado consagra a força política do presidente que irá governar os EUA pelos próximos quatro anos. Isso traz um significado com grande repercussão política internacional que irá influenciar mudanças políticas e econômicas em várias partes do mundo.

Esse é o meu ponto de vista!!!

Abraço!


Amaury Cardoso

Bacharel em Física, Pós Graduação em Gestão Pública, Pós Graduação em Políticas Públicas e Governo, Especialização em Estratégia e Política, Especialização em Ciências Políticas, Pós Graduação em Marketing Político, Comunicação Eleitoral, Gestão e Estratégia.

terça-feira, 29 de outubro de 2024

O QUE ME REVELA AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2024. - Artigo: outubro/2024



Com o encerramento das eleições municipais de 2024, ficou evidente o avanço das forças políticas de centro, centro direita e direita em todo território brasileiro, avanço que se iniciou em 2018 e foi conquistando forças e ampliando espaço nos processos eleitorais de 2020, 2022 e 2024.

Esse novo arranjo político que se desenhou nas eleições municipais deste ano certamente indica uma nova composição de forças politicas que irá influenciar o processo eleitoral nacional de 2026, principalmente nas duas casas legislativas do Congresso Nacional, mas também com a expansão dessas forças nos governos estaduais e casas legislativas estaduais na grande maioria dos Estados.

A nova configuração de forças que se estabelece em todo país revela o crescimento e fortalecimento dos partidos com perfil político de centro e direita que passaram a ocupar a grande maioria das prefeituras das capitais e cidades de médio e grande porte populacional e predominam em 75% das 5.570 prefeituras brasileiras.

Outro aspecto que se evidencia nessa eleição é o enfraquecimento das forças tradicionais de esquerda (PT, PDT, PSB, PSOL e PCdo B) em todas as regiões do país. Ficou clara a crescente rejeição aos candidatos do segmento político de esquerda, desta vez não só nas capitais e grandes metrópoles, mas também em um numero expressivo dos  municípios das periferias. 

Em síntese, os partidos do segmento ideológico de centro, centro direita e direita (PSD: 891, MDB: 864, PP: 752, UNIÃO: 591, PL: 517, REPUBLICANO: 440 e PSDB: 312) conquistaram 4.367 prefeituras. Já os partidos do segmento de esquerda e centro esquerda (PSB: 312, PT: 252, PDT: 151, PCdoB: 19 e PSOL: 0) conquistaram 748 prefeituras. Com esse resultado  eleitoral pífio, com o agravante do péssimo resultado eleitoral do partido do presidente da república, o PT, ficou claro que os partidos de segmento político de esquerda receberam neste processo eleitoral sinais de desgaste que atribuo a falta de renovação de suas pautas e na estratégia politica e eleitoral, bem como as dificuldades de comunicação com o eleitorado brasileiro e a dificuldade de se adaptar às demandas locais e de apresentar propostas atrativas a um eleitorado que não aceita promessas, que por serem repetitivas não convencem mais, e exige resultados.

Atribuo, também, ao descrédito que enfrentam os partidos de esquerda ao fato desses partidos não conseguirem mais falar para a população e insistirem em ficar repetindo o discurso tradicional, de certa forma ultrapassado, e totalmente desconectado da realidade da sociedade brasileira e das demandas mais imediatas e programáticas dos eleitores, que priorizam pautas focadas na competência de gestão  e eficiência administrativa, associada a programas e projetos factíveis que de fato leve a garantia de respostas e entregas de demandas essenciais a população.

Outra leitura que para mim fica evidente é que a sociedade não se interessa por discursos ideológicos e posicionamentos políticos excessivamente radicais e sim deseja posicionamentos voltados para propostas de soluções centradas em resolver problemas cruciais do cotidiano das cidades.

Por fim, essas eleições municipais revelam uma nova configuração de forças políticas demonstrando que a grande maioria do eleitorado prefere dar o seu voto a alguém que melhor lhe passar a certeza de ser um gestor competente e o convencer possuir eficiência administrativa, associada a um perfil político que transmita credibilidade. Arrisco afirmar que está desenhada a eleição nacional de 2026. Percebo que os critérios de escolha estão se consolidando e serão os mesmos a definir os candidatos no próximo processo eleitoral, dessa forma, indicando a continuidade do avanço dos segmentos ideológicos de centro, centro direita e direita. Esse é o meu ponto de vista!


Amaury Cardoso 

Graduado em Física, Pós graduado em Gestão Publica, Especialista em Gestão e Estratégia, Especialista em Ciências Políticas, MBA em Marketing Político e Eleitoral, Gestão e Estratégia.

www.amaurycardoso.blogspot.com.br

terça-feira, 17 de setembro de 2024

A IMPORTÂNCIA DO DOMÍNIO DA COMUNICAÇÃO NAS REDES SOCIAIS. - Artigo: setembro/2024


Aprendi em meus estudos sobre marketing político e eleitoral, gestão e estratégia, bem como na vivência como militante político, que a construção da imagem pública e o papel do marketing político e eleitoral são imprescindíveis para o sucesso de um político na sociedade contemporânea, pois depende diretamente da visibilidade pública e da repercussão positiva de sua imagem no cenário em que o candidato/político está inserido. Virou um jargão no marketing político e eleitoral que a imagem de um candidato/político pode ser comparada a um rótulo de um produto na prateleira de um supermercado. Trata-se da identidade que àquele político quer passar para a sociedade e seus atuais e futuros eleitores, seja tradição ou quebra dela, confiabilidade, competência administrativa ou outros atributos que possam atrair determinado público ou segmento.

Feita esta importante observação, passo a responder a pergunta da questão em tela: Disserte sobre a facilidade que os meios de comunicação de massa eletrônicos (rádio, televisão, internet e redes sociais) proporcionam à difusão das mensagens políticas dos mais diversos candidatos eleitorais.

Durante um longo período as imagens foram construídas com relativa facilidade, utilizando códigos ou fórmulas baseadas, sobretudo, na dramatização da vida do candidato, principalmente no horário eleitoral gratuito. Era comum a apresentação de histórias recheadas de valores sociais moralizantes e aspectos intimistas do candidato.

Com a entrada dos meios de comunicação de massa eletrônicos, esse cenário/personagem/roteiro construído corre sérios riscos de ser desvendado ou desmascarado nas redes sociais. Qualquer informação se torna pública em tempo real e a todo tempo, logo, construir uma imagem tornou-se palavra perigosa. Hoje o eleitor, do outro lado da tela tem a possibilidade de interagir, se posicionar e ate ajudar a construir a imagem positiva de um candidato, contudo, na mesma medida esse eleitor pode desconstruir e destruir qualquer história bem ou mal contada.

Com a chegada da Internet, das redes sociais e todas as suas ferramentas disponíveis o candidato/político passou a ter uma enorme condição de difundir sua imagem e as suas mensagens. Esse novo modelo de propagação da informação, através das ferramentas de redes sociais, mudou radicalmente a forma de “construção” de uma imagem. Destaco esse ponto, por entender que na sociedade em rede em que vivemos, o trabalho realizado em torno da construção da imagem deve ser pautado pela valorização das características positivas e distanciamento das menos aceitas ou negativas.

É fato que com a democratização e ampliação do acesso a informação e a garantia de comunicação em massa nas redes sociais o candidato/político passou a ter uma enorme condição de propagar sua imagem. Contudo, entendo haver a necessidade de ter muita cautela em transitar nesse universo conectado e cheio de informação. O candidato/político precisa saber aproveitar o que as ferramentas de marketing político e eleitoral lhe oferecem para fugir dos estereótipos cansativos e já manjados pelas pessoas. É fundamental ser autentico, sob o risco de vir a ser questionado por alguma atitude que não venha a condizer com aquela imagem anteriormente construída. Reverter essa situação será bem mais complicado do que trabalhar positivamente seu marketing pessoal e político. Destaco que a mensagem do candidato/político precisa ser meticulosamente planejada e disseminada, se possível, com antecedência, pois se trata da construção de um processo de imagem. Esse cuidado se estende ao discurso, falas e palavras utilizadas, a tonalidade da voz, à gesticulação, à expressão facial e outros mecanismos de comunicação que podem contribuir para vencer ou perder uma eleição.


Amaury Cardoso


Graduado em Física, Pós graduado em Gestão Pública, Especialista em Ciências Política e MBA em Marketing Político e Eleitoral, Gestão e Estratégia.

A COP 30 E SEUS CRESCENTES DESAFIOS. - ARTIGO: março/2025

Os olhares e expectativas dos representantes de diversos organismos ambientais, cientistas, líderes mundiais, ambientalistas, líderes de org...