quarta-feira, 2 de abril de 2025

A COP 30 E SEUS CRESCENTES DESAFIOS. - ARTIGO: março/2025



Os olhares e expectativas dos representantes de diversos organismos ambientais, cientistas, líderes mundiais, ambientalistas, líderes de organizações não governamentais se voltam para o Brasil que irá sediar esse ano, no mês de novembro, a trigésima Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima para discutir o futuro do planeta frente as crescentes mudanças do clima.

Os debates sobre o enfrentamento da crescente crise climática, com destaque para temas cruciais, dentre tantos, o financiamento climático para mitigação das emissões de gases de efeito estufa a adaptação dos países às graves consequências da crise climática, bem como a reparação das perdas e danos.

Diante dos fracassos dos encontros anteriores, renovam-se as esperanças de que a COP 30 consiga se tornar uma plataforma que alinhe políticas climáticas com foco na promoção da justiça social. A retomada das discussões globais sobre clima, por ser sediada no Brasil, terá como um dos pontos principais a sustentabilidade, cujo o destaque será a Amazônia, que é vista pelos cientistas, estudiosos sobre questões climáticas e ambientalistas como elemento-chave para à regulação climática mundial, o que coloca o atual governo brasileiro no centro das discussões globais no campo da sustentabilidade.

O Brasil precisará demonstrar seus esforços em áreas fundamentais como energias renováveis, biocombustíveis e agricultura de baixo carbono, como também avançar em processos multilaterais apresentados na ECO 92 e na RIO + 20, com destaque no fortalecimento da resiliência das comunidades vulneráveis. Para isso é esperado que a COP 30 encontre e aprove soluções para limitar o aquecimento global a 1,5 graus célsius.

Diante do lamentável histórico de fracassos dos encontros climáticos das conferências sobre mudanças climáticas, a COP 30 está diante de um enorme desafio que é o de conseguir avanços efetivos e significativos, cujo os principais são o de obter o real compromisso dos países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação ao financiamento climático, obter garantias que as metas de redução de emissões sejam compatíveis com as desejadas pelos cientistas climáticos e, principalmente conseguir lidar com os impactos socioeconômico causados pelas mudanças climáticas, em especial, as populações vulneráveis.

As discussões sobre as mudanças climáticas sempre encontraram dificuldade de construir um discurso coeso entre os governantes, a sociedade civil e o setor privado. Percebo que o Brasil está politicamente enfraquecido na sua capacidade de articular demandas e soluções efetivas na COP 30. O governo brasileiro irá sofrer uma forte pressão internacional para apresentar resultados reais, sobretudo na redução do desmatamento, que no atual governo vem aumentando, e na transição energética.

O fato é que o nosso planeta se encontra diante de extremos perigos em face das obsessões predatórias que vem produzindo calamidades em todo o mundo. Não há dúvidas que a humanidade está diante de um problema grave e aterrador, e de que quanto mais tempo demorar a ser tratado com a necessária responsabilidade, mais terrível será o legado deixado para as próximas gerações. Os sinais climáticos não deixam dúvida. Caso não seja feito nada, não sabemos que tipo de mundo sobreviverá a essa voraz investida predatória dos gananciosos de plantão.


 Amaury Cardoso

Graduação em Física, Pós Graduação em Gestão Publica, Pós Graduação em Políticas Públicas e Governo, Pós Graduação em Marketing, Comunicação, Planejamento e Estratégia em Campanhas Eleitorais, Especialização em Políticas e Estratégia, Especialização em Ciências Políticas.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo excelente artigo, sou sua fã! Você enfrenta desafios da vida com coragem e dignidade!!!

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  2. Seguindo sempre, sou seu jovem aprendiz com 56 anos.

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A COP 30 E SEUS CRESCENTES DESAFIOS. - ARTIGO: março/2025

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