segunda-feira, 9 de novembro de 2020

A VITÓRIA DO PARTIDO DEMOCRATA DOS ESTADOS UNIDOS FRAGILIZA A FORÇA DO POPULISMO EXTREMISTA NO MUNDO! - ARTIGO: NOVEMBRO/2020.

 


A história universal tem demonstrado que o populismo nunca resolveu os problemas cruciais de uma nação, principalmente quando associado ao autoritarismo, e, portanto, causa um cansaço a população, especialmente nos países que possuem razoável estrutura democrática.


O resultado das eleições nos EUA, embora venha a ocorrer questionamentos na justiça por parte do presidente Donald Trump e revele que sua resistência à transição do governo não será amável, ela se revela irreversível e irão mudar o mundo.


É fato que essa eleição confirma um país dividido na sua cultura e ideologia política, levando o presidente eleito Joe Biden a ter que enfrentar um grande desafio para implantar suas propostas de governo, e, sobretudo, unir o país.


O governo eleito demonstra que irá corrigir a imagem dos EUA perante os líderes mundiais, em especial junto ao ocidente, bem como a mudança de posição com relação à política ambiental.


Importante destacar que Joe Biden irá governar com Kamala Harris, a primeira mulher e negra na vice-presidência, um fato histórico, com o destaque de que como vice-presidente da República será a presidente do senado americano. O presidente eleito Biden, teve uma votação expressiva e parece que terá uma boa condição de negociar a implantação de suas propostas junto ao Congresso, onde na Câmara os Democratas elegeram uma folgada maioria e no Senado, em face de apuração não ter encerrado a totalidade de votos, o resultado final pode tender para um equilíbrio de forças em razão dos democratas estarem aumentando o número de cadeiras, e a habilidade da vice-presidente e presidente do senado Kamala Harris, uma democrata mais moderada e progressista, terá papel decisivo.



Biden e Kamala irão assumir um país em crise profunda, com uma contração do PIB em torno de 4%, cuja recuperação, devido às dificuldades do período pós-pandemia que indicam anos de dificuldades econômicas e desemprego em alta, será mais lenta.


O presidente eleito Joe Biden sinalizou que pretende aumentar a taxação das empresas e dos mais ricos, o que irá representar uma guinada importante na economia americana. Resta saber se ele irá conseguir aprovar seus planos mais ambiciosos, o que vai depender da sua relação com o senado, onde, como já afirmei acima, a vice-presidente dos Estados Unidos e presidente do senado, Kamala Harris, com seu voto de minerva, será fundamental.


Com a vitória dos democratas, tudo indica que os Estados Unidos serão um país mais ambientalista, mais acolhedor aos imigrantes, mais comprometido com a educação e com a saúde financiada pelo governo americano.


Acredito que no caso das relações diplomáticas do governo brasileiro com os EUA, não devemos esperar grandes sobressaltos em suas relações. Os Estados Unidos e o Brasil sempre mantiveram relações cordiais, embora tenha ocorrido um princípio de atrito entre o presidente eleito Biden e o presidente Bolsonaro, não acredito que esse incidente venha a interferir no bom convívio entre os dois governantes. Sem ceder sua soberania, o governo brasileiro irá buscar mudar a sua imagem junto ao governo Biden, em especial no campo ambiental. Assim espero para o bem da recuperação da imagem do Brasil perante as demais nações. Contudo, acho que a prioridade do governo Biden esteja mais direcionada para o outro lado do atlântico, em especial a Europa e Ásia, do que para a América Latina.


Finalizando essas poucas observações, não poderia deixar de expressar o meu ponto de vista com relação ao futuro do presidente Trump. Entendo que devido à votação expressiva que teve e ao fato dele ter colocado o partido republicano literalmente no bolso e assumido a liderança política do partido, ele irá exercer o protagonismo na oposição ao governo Biden, com vistas a se cacifar para disputar as próximas eleições americanas em 2024.


Amaury Cardoso

Blog de artigos: www.amaurycardoso.blogspot.com.br

Um comentário:

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