domingo, 30 de abril de 2017

OS GOVERNOS BRASILEIRO E AS ELITES POLÍTICA FALHARAM! - ARTIGO: ABRIL/2017.

“Brasil, País do Futuro” precisa parar de andar em circulo. Quando, definitivamente, iremos erradicar a pobreza, combater as mazelas sociais, permitindo mais dignidade aos mais pobres. 
Até quando a população brasileira permanecerá subjugada, humilhada e sofrida?

Infelizmente nossa realidade, em pleno século XXI, é outra. O marketing político utilizado eleições após eleições não convence mais. Estamos estacionados na condição de um país pobre, atrasado na sua educação e com grandes desigualdades sociais, com o agravante da falta de oportunidades que se mantém por gerações.

Atravessamos governos que nos levaram a perder décadas, mantendo o país no atraso social e econômico, por falta de investimentos em infraestrutura e não realização de reformas estruturantes que possibilitassem a modernização da gestão e diminuição do tamanho da máquina do Estado.
Segundo dados colhidos em pesquisas recentes, há uma previsão de cerca de mais de 20 milhões de brasileiros vivem na linha da pobreza e cerca de 9 milhões vivendo abaixo da linha da pobreza, ou seja, em situação de miséria.

O “Brasil do Futuro” a décadas apregoado e prometido pelas elites dominantes esta diante de uma realidade onde quase a metade da população sobrevive com até um salário mínimo, sendo que no nordeste está concentrado o maior percentual, algo em torno de 70%.

Mesmo diante de políticas assistencialistas implementadas nos últimos anos, o cenário do país é estarrecedor e a dependência de milhões de famílias aos programas sociais revela a nossa pouca perspectiva de futuro. O agravante fosso da tragédia a que é acometida a população brasileira se sustenta na deficiência do nosso sistema educacional, onde cerca de 50 milhões de pessoas são analfabetas.

Nosso ensino como um todo amarga um déficit de qualidade que nos tira a possibilidade de recuperação e avanço no campo do desenvolvimento social e econômico nos levando a permanecer na condição de país emergente.

Outro agravante, é o caos no campo dos serviços básicos de saneamento e saúde. Cerca de 35 milhões de brasileiros não possui acesso a água tratada, 100 milhões sem acesso a coleta de esgoto, 17 milhões sem acesso a coleta de lixo e o nosso sistema de saúde pública esta entre os mais ineficiente. O paradoxo é que esse atraso não está associado à pobreza do país e muito menos a baixa cobrança de impostos, que chega a 36% do PIB.

Diante de todo esse quadro, estamos atravessando um momento de grande incerteza no campo político, agravada pelo fato de 73% dos brasileiros não veem no horizonte uma saída para a crise de representação política e não identificam ninguém capaz de tirar o país do momento que vive, onde para 92% dos eleitores afirmam que todo o político é ladrão. Esses dados afirmam que a sociedade está indignada com a alta imoralidade que confirma o enfraquecimento geral dos valores morais através do volume exagerado de casos ilícitos.

O desafio de vencer a descrença na política institucionalizada é muito grande. No momento em que prevalece no imaginário das pessoas que a política é espaço de corrupção. Esse desinteresse pode ser visto como um sinal da necessidade de revisão de modelos democráticos e nos tipos de organizações, que possibilitem um canal de reinvenção da política, com pratica cotidiana, o que não se encontra na política tradicional velha, ultrapassada e desacreditada pelos escândalos de corrupção.

Amaury Cardoso
site: www.fug-rj.org.br                                                                                       


sábado, 15 de abril de 2017

A REPÚBLICA BRASILEIRA ABALADA DIANTE DO TSUNAMI DE ESCÂNDALOS - ARTIGO: MARÇO/2017

O governo federal e a elite política brasileira não podem esquecer que o Brasil é uma República Federativa. O governo federal tem por obrigação constitucional garantir a integridade e segurança dos Estados Federados. O que se constata, no entanto é uma falta de compromisso com o pacto federativo.

Vivemos momentos de total impotência diante do cenário extremamente grave no campo econômico, fiscal, político e de valores morais e éticos, o que me leva a ter a percepção de que a sociedade está exaurida na sua esperança quanto à derrubada do sistema que se instalou e controla as instituições brasileiras, salvo rara exceção.

 O Estado do Rio de Janeiro se esgota, paralisado em virtude da alta corrupção e má gestão que o coloca no fundo do poço ameaçando paralisar serviços básicos fundamentais com sérios riscos de haver uma convulsão social. Vencer esse quadro, que a cada dia se revela mais difícil em virtude de tudo levar a crer que esta longe de terminar, uma vez que suas principais instituições estão apodrecidas e refém de um sistema que levou o Estado à falência.


Fazer parte do sistema institucionalizado da corrupção virou regra e sobrevivência política para muitos, que se associam aos interesses econômicos e vende seu mandato, servindo a grupos empresariais através da venda de emendas, medidas provisórias, leis e relatórios conclusivos de comissões parlamentares de inquérito, serviços bem pagos com propina, e com isso desmoralizam o parlamento. Uma vergonhosa contradição e agressão a Democracia Representativa.

Diante dessa turbulência causada pelas avalanches de denúncias e delações nos restou a confirmação de que a grande novidade é a independência do ministério público, da polícia federal e do poder judiciário, que nos revela o avanço dessas instituições, em razão de estarem denunciando o poder político no legislativo, executivo e órgãos auxiliares, causando um impacto político enorme e imediato, em alguns casos ferindo e em outros aniquilando a biografia de poderosos. É o começo do fim da moribunda pratica da velha política.

As listas que por etapas são divulgadas causam profundos abalos a República, ao implodirem o sistema político vitima da metástase da corrupção que tomou conta das instituições brasileiras. 
Embora sejam muitas as tentativas por parte dos atingidos pelas investigações de enfraquecer através da aprovação da lei de abuso de autoridade e a resistência ao fim do foro privilegiado, a operação Lava-Jato não tem volta em razão de estar dando um basta ao continuísmo da impunidade e sangrando mortalmente o sistema de corrupção que se revelou sistêmica e institucionalizada.

A nação e a sociedade brasileira estão pagando um alto preço diante da sangria de recursos públicos, proveniente da alta escala de corrupção, que nos tem levado ao atraso econômico e social. A República, diante desse tsunami de escândalos, esta diante de duas vertentes. Uma negativa, em razão da grave crise que o país atravessa, é o fato de aumentar a instabilidade política no Congresso, comprometendo a aprovação de reformas em curso da previdência, trabalhista e política, tão necessárias para tirar o país do atoleiro, colocando-o nos trilhos que irá levá-lo a saída da crise econômica e fiscal. Outra positiva, em razão da possibilidade de se iniciar uma transição face a exaustão da pratica da “velha política”, abrindo caminho para a tarefa de reconstrução da renovação da representação política, diante do vácuo político que se estabelece pela ausência de credibilidade da grande maioria da atual classe política, que sofrerão rejeição de grande parcela do eleitorado no processo eleitoral que se aproxima, cabendo a sociedade renovar através da escolha de novas lideranças nas eleições nacional de 2018.

Amaury Cardoso
site: www.fug-rj.org.br                                    


VIVEMOS EM UMA REPÚBLICA, CONTUDO MUITAS PESSOAS ENTRAM EM CONFLITO COM OS SEUS CONCEITOS! - Artigo: novembro/2024

O conceito de República esteve associado ao longo dos anos a um Estado que retrata a preocupação com o bem comum, independente do tipo de re...