quinta-feira, 17 de novembro de 2016

ATÉ QUANDO SER ÍNTEGRO SERÁ VISTO COMO FORA DE MODA? - ARTIGO: NOVEMBRO/2016

                           
Uma das celebres frases do saudoso deputado Ulysses Guimarães, um visionário político, afirmava: “Um novo congresso será sempre pior do que o anterior”. Infelizmente é o que se vem confirmando, razão pela qual se explica a falência da nossa representação política.


São poucos parlamentares, e aí incluo as três esferas do legislativo brasileiro – Municipal, Estadual e Federal – que exercem um mandato honesto, eficiente e bem intencionado, com atuação política voltada para os interesses da maioria da sociedade a que representam, não se permitindo ser cooptado pelo sistema de vantagens, privilégios e as inúmeras oportunidades de negócios que levam em curto prazo ao enriquecimento ilícito. Admiro esses poucos homens e mulheres que resistem ao aliciamento do atual sistema político, pois é duro resistir às tentações e não se corromper.

Transmitir valores se tornou o grande desafio do cidadão. Gerações que se formaram nas últimas décadas assistiram a enormes mudanças nas famílias, aonde a educação dos jovens vem sofrendo perda de valores. O tempo do padrão de honestidade e integridade moral e ética ficou no passado, para as gerações que se formam assistindo a prevalência da facilidade da prática da corrupção, em razão do sentimento coletivo do “todo mundo faz” e da certeza da impunidade. Se para adultos é difícil se opor a este princípio que virou norma de ascensão social, imagine para os jovens carentes de exemplos de princípios éticos e valores morais. 

É inegável que o atual contexto é desfavorável a cultura da integridade moral, no momento em que os inúmeros casos de corrupção cometidos, principalmente, por pessoas que pela posição que ocupam deveriam dar exemplo de correção moral, e ao contrário se mostram indignas da confiança que a sociedade nelas depositou.

Essa descrença no ser humano, com relação ao aspecto moral e ético, tem levado as novas gerações a perderem o sentido da importância dos valores morais e éticos para a sua formação, e, consequentemente, de uma sociedade avançada, digna e justa. Nossas imperfeições não pode ser alimento para a desesperança na possibilidade de um mundo melhor no campo moral e ético.

A saída para essa crise de valores esta na formação do cidadão através da educação de qualidade de forma universal, uma educação igual para todos, ricos e pobres. O avanço social, a eliminação das desigualdades e a garantia de oportunidades iguais, estão na profunda reforma do sistema educacional, que possibilite que filhos de pobres tenham condições de disputar no campo do conhecimento e profissional com a mesma chance que tem o filho dos ricos. Desigualdade se elimina igualando a educação para todos!



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