Diante de uma economia global que passa por transformações profundas, o atual governo perde a oportunidade de adequar a produção brasileira e o desempenho do país aos novos tempos.
A história política e econômica do Brasil se formou através da existência de ciclos que se alteram nas fases de prosperidade e de atrasos. Dispensando a análise de ciclos anteriores, a partir de 2003 inicia-se no Brasil um ciclo marcado por quatro pontos principais: taxa de juros internacionais baixissíma; elevados preços das matérias primas (commodities); um alto contingente de desemprego; e apreciação cambial que possibilitou o país crescer, foram “anos dourados”, descontado o curto período da crise econômica de 2008.
Contudo, as circunstâncias econômicas favoráveis foram se modificando a partir de 2009: o preço das commodities perde força; os juros internacionais começa a se elevar; o desemprego começa a cair e a cotação do Real frente ao Dólar sofre mudança com a estagnação da queda do dólar.
Diante desse novo quadro o que fez o governo brasileiro, continuou cometendo equívocos na política econômica a ponto de causar enorme desgaste, cujo o aperto monetário tem se revelado insuficiente para inibir as expectativas pessimistas quanto a trajetória da inflação que começa a contaminar a confiança da sociedade, em especial a classe empresarial, face o governo Dilma não ter conseguido dar provas de que será capaz de colocar em ordem as finanças públicas.
O governo Dilma protagoniza um final de ciclo econômico mediocre em comparação aos países que compõem os BRICS, e, o que é pior, entre os países que formam a América Latina, pois esta amargando um pífio crescimento comparativo na faixa média de quatro anos, mal chegando a 2%.
No momento em que grande parcela dos países estão se preparando com afinco para um mundo de muita competitividade, o Brasil esta caminhando em direção contrária, deixando a desejar, sendo um dos mais urgentes problemas a escassa mão de obra qualificada, que se agrava em razão do nosso fraco nível educacional.
As medidas para contrapor esse quadro preocupante já foram por demais sinalizadas pelos especialistas econômicos, sendo as principais: Investimento através da melhoria da infraestrutura, na eficiência dos gastos públicos e no investimento na educação de qualidade tornando-a universal, mas que o governo Dilma reluta ou tem dificuldade em implantar.
Ao contrário, os investimentos estão se retraindo. O Banco Central já sinaliza que o país esta em leve recessão, e as didiculdades no setor elétrico contribuem para a retração dos investimentos em razão da ameaça da falta de energia ou do seu já inevitável encarecimento. “O governo do PT preferiu politizar o que deveria ser encarado de forma objetiva e técnica”.
A incompetência da gestão Dilma e o fato de não ter valorizado o planejamento com visão de longo tempo, esta causando um retrocesso econômico que começa a atingir os cidadãos naquilo que mais teme, a inflação crescente e o mal-estar provocado pelos péssimos serviços públicos, em especial nas grandes metrópolis.
Até quando permitiremos que a realidade social em nosso país e seus graves problemas continuem a serem banalizados?
Até quando conviveremos com o desconforto de sermos, pela avaliação da UNESCO, o 88º lugar em educação, segundo o PNUD, o 85º lugar no índice de desenvolvimento humano, na avaliação do Banco Mundial o 8º pior país em concentração de renda e o 54º país em competitividade no mercado mundial?
Não podemos nos conformar e nos acomodar com esse desastre em que nosso país se encontra. Parafrasendo Eduardo Campos: “NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL”.
Já não basta ter que aceitar que o ajuste de tudo que nos leva ao atraso econômico e social ficará para o próximo governo? E com qua garantia?
A conta desse descaso não pode chegar depois do fechamento das urnas, com a tentativa do atual governo de continuar a nos iludir. Até porque os argumentos são frageis e não mais convencem.
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