domingo, 27 de julho de 2025

O REAL COMBATE A POBREZA VAI ALÉM DE PROGRAMAS SOCIAIS! - Artigo: agosto/2025


Entendo não ser verdadeira a afirmação de que a solução para resolver a pobreza esteja condicionado no crescente aumento de impostos. Um estudo recente que foi revelado pelo Fundo Monetário Internacional - FMI, constata que o Brasil está empobrecendo. Busquei conhecer o conteúdo desse trabalho e após analisar dados e gráficos fiquei assustado com as evidências no meu entender incontestáveis que confirmam o crescente empobrecimento da população brasileira.

Esse crescimento assustador da ´pobreza em nosso país coloca o Brasil na octogésima sétima posição, ou seja, bem próximo da metade do ranking dos países mais pobres do mundo por renda perca pita. O curioso é que este crescimento da pobreza da população brasileira ocorreu com mais intensidade nos últimos trinta anos.

O estudo deixa claro que as principais causas desse empobrecimento são em decorrência dos longos anos de estagnação econômica, em virtude de baixíssimos investimentos públicos em infraestrutura, deficiência no atendimento dos serviços básicos, adoção de políticas públicas ineficazes, gastos públicos excessivos e a baixa qualidade da educação pública.

Cabe ressaltar que os presidentes que governaram o Estado brasileiro, entre as variadas siglas partidária e matizes ideológica, tiveram suas parcelas de responsabilidade, omissão por conveniência e negligência e incompetência de gestão que permitiram o Brasil retroceder no seu desenvolvimento econômico e social. Cabe, também, destacar que a parcela maior da responsabilidade do trágico empobrecimento da população brasileira se deve ao governante/partido que por mais tempo governou o Brasil nos últimos trinta anos.

Durante os anos de 2003 a 2025, o PT governou por 17 anos, sendo que 14 anos, 2003 à 2016 (14 anos consecutivo) e 2023 à 2025. O MDB governou por 2 anos (2017 e 2018). O PL  governou por 4 anos (2019 à 2022). Então temos: No período compreendido entre 2003 a 2025, portanto durante 23 anos, o Brasil foi governado 17 anos pelo PT (Lula e Dilma), 2 anos pelo MDB (Michel Temer) e 4 anos pelo PL (Jair Bolsonaro).

Diante desses dados, fica claro que o partido que mais levanta a bandeira do fim da pobreza, embora tenha implantado mais programas sociais, foi o que mais teve tempo de governo para realizar reformas estruturantes fundamentais no campo do desenvolvimento econômico, humano e social, porém não as realizou.

Importante, também, salientar que durante esses últimos 23 anos (2003 à 2025) o Brasil teve bons índices de arrecadação devido a política de aumento de impostos, porém isso não se reverteu em melhoria dos serviços básicos fundamentais para garantir a melhoria da qualidade de vida da população em razão da ineficiência da gestão dos recursos públicos e na eficácia da sua aplicabilidade. Contudo, em contrapartida teve aumento de gastos públicos que se revelaram ineficientes e ineficazes no que tange a colocar o nosso país em um melhor patamar no índice de desenvolvimento econômico, humano e social.

Pelos dados que colhi e na leitura que fiz do estudo apresentado pelo FMI, o crescimento ao ano dos gastos públicos pelos presidentes que governaram o Brasil entre o período de 1999 à 2024, são os seguintes: FHC (1999 – 2002), com crescimento real de gastos de 5,0% ao ano. Lula (2003 à 2006), crescimento real de gastos ao ano de 6,1%. Lula (2007 à 2010), crescimento real de gastos ao ano de 9,8%. Dilma (2011 à 2014), crescimento real de gastos ao ano de 4,0%. Dilma (2015 e 2016), crescimento real de gastos ao ano de 0,4%. Michel Termer (2016 a 2018), crescimento real de gastos ao ano de 0,5%. Jair Bolsonaro (2019 à 2022), crescimento real de gastos ao ano de 3,1% e, por fim, Lula (2023 – 2024), crescimento real de gasto ao ano de 9,2%.

Diante dos fatos apresentados, baseados no recente estudo elaborado pelo FMI, fica evidente que a solução para resolver a crescente pobreza em nosso país não está na adoção de constantes aumento de impostos. O estudo, ao contrário, deixa claro a ineficiência de gestão, a irresponsabilidade com os elevados e ineficazes gastos públicos e a omissão e falta de sensibilidade com a crescente desigualdade social que arrasta milhões de brasileiros para a marginalidade social imposta pela pobreza.

Esta triste realidade brasileira é direta dos governantes que ocuparam a cadeira de presidente da República nos últimos 30 anos, é claro que uns com maior parcela de responsabilidade que outros em razão dá proporção de seu maior tempo a frente do exercício da presidência.

Entendo que a pobreza não se combate com programas sociais. Pobreza se combate com forte investimentos em infraestrutura, com controle e diminuição de gastos muitas das vezes mal planejados e superfaturados, com eficácia de políticas públicas sociais e com efetiva e profunda melhoria na educação em todos os níveis de ensino.

Infelizmente o caminho a percorrer para se alcançar o desenvolvimento econômico e social não é novidade, estudos realizados por instituições sérias estão disponíveis, porém curiosamente são utilizados por todos em discursos de campanha eleitoral, mas não é posto em prática, e com isso a esperança de solução se perde e a credibilidade da população em relação a classe política se torna baixíssima.

Amaury Cardoso

Graduação em Física, Pós Graduação em Gestão Pública, Pós Graduação em Políticas Públicas e Governo, Pós Graduação - MBA em Marketing, Comunicação, Planejamento e Estratégia em Campanhas Eleitorais, Especialização em Política e Estratégia, Especialização em Ciências Políticas.

O REAL COMBATE A POBREZA VAI ALÉM DE PROGRAMAS SOCIAIS! - Artigo: agosto/2025

Entendo não ser verdadeira a afirmação de que a solução para resolver a pobreza esteja condicionado no crescente aumento de impostos. Um est...