Aprendi em meus estudos sobre marketing político e eleitoral, gestão e estratégia, bem como na vivência como militante político, que a construção da imagem pública e o papel do marketing político e eleitoral são imprescindíveis para o sucesso de um político na sociedade contemporânea, pois depende diretamente da visibilidade pública e da repercussão positiva de sua imagem no cenário em que o candidato/político está inserido. Virou um jargão no marketing político e eleitoral que a imagem de um candidato/político pode ser comparada a um rótulo de um produto na prateleira de um supermercado. Trata-se da identidade que àquele político quer passar para a sociedade e seus atuais e futuros eleitores, seja tradição ou quebra dela, confiabilidade, competência administrativa ou outros atributos que possam atrair determinado público ou segmento.
Feita esta importante observação, passo a responder a pergunta da questão em tela: Disserte sobre a facilidade que os meios de comunicação de massa eletrônicos (rádio, televisão, internet e redes sociais) proporcionam à difusão das mensagens políticas dos mais diversos candidatos eleitorais.
Durante um longo período as imagens foram construídas com relativa facilidade, utilizando códigos ou fórmulas baseadas, sobretudo, na dramatização da vida do candidato, principalmente no horário eleitoral gratuito. Era comum a apresentação de histórias recheadas de valores sociais moralizantes e aspectos intimistas do candidato.
Com a entrada dos meios de comunicação de massa eletrônicos, esse cenário/personagem/roteiro construído corre sérios riscos de ser desvendado ou desmascarado nas redes sociais. Qualquer informação se torna pública em tempo real e a todo tempo, logo, construir uma imagem tornou-se palavra perigosa. Hoje o eleitor, do outro lado da tela tem a possibilidade de interagir, se posicionar e ate ajudar a construir a imagem positiva de um candidato, contudo, na mesma medida esse eleitor pode desconstruir e destruir qualquer história bem ou mal contada.
Com a chegada da Internet, das redes sociais e todas as suas ferramentas disponíveis o candidato/político passou a ter uma enorme condição de difundir sua imagem e as suas mensagens. Esse novo modelo de propagação da informação, através das ferramentas de redes sociais, mudou radicalmente a forma de “construção” de uma imagem. Destaco esse ponto, por entender que na sociedade em rede em que vivemos, o trabalho realizado em torno da construção da imagem deve ser pautado pela valorização das características positivas e distanciamento das menos aceitas ou negativas.
É fato que com a democratização e ampliação do acesso a informação e a garantia de comunicação em massa nas redes sociais o candidato/político passou a ter uma enorme condição de propagar sua imagem. Contudo, entendo haver a necessidade de ter muita cautela em transitar nesse universo conectado e cheio de informação. O candidato/político precisa saber aproveitar o que as ferramentas de marketing político e eleitoral lhe oferecem para fugir dos estereótipos cansativos e já manjados pelas pessoas. É fundamental ser autentico, sob o risco de vir a ser questionado por alguma atitude que não venha a condizer com aquela imagem anteriormente construída. Reverter essa situação será bem mais complicado do que trabalhar positivamente seu marketing pessoal e político. Destaco que a mensagem do candidato/político precisa ser meticulosamente planejada e disseminada, se possível, com antecedência, pois se trata da construção de um processo de imagem. Esse cuidado se estende ao discurso, falas e palavras utilizadas, a tonalidade da voz, à gesticulação, à expressão facial e outros mecanismos de comunicação que podem contribuir para vencer ou perder uma eleição.
Amaury Cardoso
Graduado em Física, Pós graduado em Gestão Pública, Especialista em Ciências Política e MBA em Marketing Político e Eleitoral, Gestão e Estratégia.