Aprendi nos meus estudos de MBA em Marketing Político e Eleitoral, Gestão e Estratégia, que o Marketing Político, Eleitoral e Pessoal é extremamente importante para o sucesso de um político na sociedade contemporânea e que depende da correta aplicação do marketing para dar a perfeita visibilidade pública, com repercussão positiva de sua imagem no cenário em que está inserido. A imagem de um político deve ser comparada a um rótulo de um produto na prateleira de um supermercado. Trata-se da identidade que o político quer passar para a sociedade e seus atuais e futuros eleitores, seja tradição ou quebra dela, confiabilidade, competência administrativa ou outros atributos que possam atrair determinado público ou segmento.
Durante longo período as imagens foram construídas com relativa facilidade, utilizando códigos ou fórmulas calcadas, sobretudo, na dramatização da vida do candidato, principalmente no horário eleitoral gratuito. Apresentava-se histórias recheadas de valores sociais moralizantes e aspectos intimistas do candidato em questão - os candidatos pareciam tão humanos como "gente de família".
Hoje, contudo, esse denário/personagem/roteiro construído corre sérios riscos de ser desvendado em um tweet (tuíte), uma foto (ou stories) no Instagram ou uma marcação em postagem no Facebook . Qualquer informação se torna pública em tempo real - e a todo tempo. Logo, construir uma imagem torna-se palavra perigosa.
O eleitor, do outro lado da tela - e são várias, TV, celular, computador -, tem a possibilidade de interagir, se posicionar e até ajudar a construir uma imagem positiva de um candidato - na mesma medida em que está com a faca e o queijo na mão para destruir qualquer história bem ou mal contada. O novo modelo de programação da informação - com o advindo da Internet - mudou radicalmente a forma de "construção" de uma imagem. Uma aliada contraditória surge com a sociedade em rede: as mídias sociais. Ou ferramentas de redes sociais. Isso, porque imagens podem ser construídas, mas a impossibilidade de serem mantidas talvez não valha o risco.
A meu ver, dois pontos devem ser considerados e lembrados. Os segmentos, grupos sociais sempre existiram. As redes sociais são formações desde os primórdios da comunicação de massa. O que não havia é a facilidade de encontra-se os afins, obter informações acerca desses e a ausência das barreiras geográficas. Estas são exclusividades das ferramentas oriundas da Internet. Logo, lidamos com o que já conhecemos, redes sociais, mas com o acréscimo de ferramentas que mudam a rotina das antigas interações - aplicativos de mensagens instantâneas, chat, Facebook, Instagram, Twitter, as chamadas mídias sociais.
Diante do já exposto, estou demonstrando que na sociedade em rede em que vivemos, o trabalho realizado em torno da construção da imagem deve ser pautado pela valorização das características positivas e distanciamento das menos aceitas ou negativas. Impor a imagem do candidato e saber responder, reagir (ou não) a crítica com sabedoria e estratégia. Contudo, não construir algo que não possua bases sólidas. O trabalho de marketing não deve criar um personagem, mas sim, lapide o que já possui.
Por fim, aprendi nos meus estudos, que se completa a minha experiência de longos anos atuando no campo político, que toda e qualquer imagem precisa ser meticulosamente planejada e disseminada com antecedência, se possível. Trata-se de uma construção de um processo, e isso se estende ao discurso, às palavras utilizadas, a tonalidade destas, mas também à gesticulação, à expressão facial, à roupa utilizada, à luz e a outros mecanismos que, muitas vezes, ganham ou perdem uma eleição. É fato que as pessoas escolhem um candidato pela impressão que suas atitudes passam!
Amaury Cardoso
Graduação em Física/ Pós em Gestão Pública/ Pós em Estratégia Política/ Especialização em Ciências Políticas/ Cursando MBA em Marketing Político e Eleitoral, Gestão e Estratégia.
blog de artigos: www.amaurycardoso.blogspot.com.br