quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

O SENTIDO DA VIDA EM NOSSO MUNDO COMPLEXO. - ARTIGO: FEVEREIRO/2022.

(Este artigo é resultado de meus estudos e pesquisas, sendo os aspectos abordados retirados de opiniões com as quais eu me alinho.)



O debate sobre clima tem sido marcado pela confusão entre ciência, politica e interesses comerciais e financeiros. Em razão dessa afirmativa tenho a sensação de que os acontecimentos deste século irá ressoar por milhares de anos. Sobreviver a esse século e assegurar o futuro do nosso mundo cada vez mais vulnerável no longo prazo depende de acelerar algumas tecnologias, mas restringir responsavelmente outras, afim de evitar o crescimento descontrolado da degradação ambiental, com isso minimizando os riscos de causarmos mudanças climáticas drásticas que levarão a cenários devastadores que ecoarão por muitos séculos.

Os humanos são hoje tão numerosos e deixaram ações individuais e coletivas tão pesadas que serão capazes de transformar, ou mesmo destruir, toda a biosfera. O mundo está crescendo, e uma população mais exigente pressiona o meio ambiente; as ações das pessoas podem disparar mudanças climáticas perigosas e extinções em massa caso se atinjam "pontos de inflexão" - resultado que deixariam como herança às futuras gerações um mundo empodrecido e esgotado, o que nos obriga a melhorar nossa relação e compreensão da natureza e implementar tecnologias adequadas com necessária urgência.

Graças ao avanço da tecnologia, a humanidade alcançou uma melhoria de vida evidente e bem vinda, em especial na educação, saúde e expectativa de vida. No entanto, a distância entre o que o nosso planeta é e o que poderia ser está maior do que nunca. Tal afirmação se baseia no fato de sermos individualmente e coletivamente, tão beneficiados por inovações  crescentes que podemos gerar mudanças globais que ecoarão por séculos.

Nosso planeta possui 4,5 bilhões de anos de existência, já sofreu vários processos de transformação, contudo entendo que este século seja o primeiro no qual a espécie humana  pode determinar o destino da biosfera. Embora não tenha a opinião alarmista de que vamos nos extinguir, porém acredito que vamos precisar de muita sorte para evitar colapsos devastadores em futuro próximo, face a enorme pressão que vêm ocorrendo em nossos ecossistemas com potencial poder de devastação provocado pela degradação ambiental e por fortes mudanças climáticas, que geram perda de biodiversidade.

Percebo uma grande possibilidade de, ainda neste século, ocorrer um realinhamento geopolítico que culmine em um perigoso impasse entre novas superpotências. Interessante observarmos que a cinquenta anos atrás, a população mundial era de cerca de 3,5 bilhões de pessoas. Estima-se que agora seja de 7,6 bilhões com previsão de chegarmos em 2050 com uma população mundial em torno de 9 bilhões de pessoas. Um mundo com essa população trás como consequência principal um aumento de cerca de 30% da produção energética e 70% do consumo de água.

Um dos grandes desafios será o de melhorar as perspectivas de vida das pessoas mais pobres do mundo fornecendo nutrição adequada, educação primária e outras necessidades básicas que, embora alcançaveis, sempre enfrentaram impedimentos políticos. Gandhi afirmava que: "Há o suficiente para as necessidades de todos, mas não para a ganância de todos.".

A frase "desenvolvimento sustentável" significa dizer desenvolvimento que atende às necessidades do presente, especialmente dos pobres, sem comprometer a habilidade de as gerações futuras suprirem suas próprias necessidades. Isso não acontecerá se os países em desenvolvimento imitarem o caminho de industrialização seguido pela Europa e América do Norte. As nações mais desenvolvidas, responsáveis pelo aceleramento da degradação ambiental, negligenciaram na sua responsabilidade com a preservação do meio ambiente e  não podem continuar negligenciando em fazer sua fundamental e urgentíssima transição.

Estamos tão interligados que não é impossível que uma catástrofe possa atingir qualquer região sem que ocorra uma cascata de consequências mundiais. Pela primeira vez, precisamos considerar um colapso - social ou ecológico - que seria realmente um retrocesso mundial para a civilização.

A vanços tecnológicos que levaram a um mundo onde a maioria das pessoas desfruta de uma vida mais segura, longa e satisfatória do que as gerações anteriores, e essas tendências positivas podem continuar. Por outro lado, concordo com os que acham que a degradação ambiental, mudanças climáticas sem controle e situações indesejadas causadas por tecnologia avançada são efeitos colaterais desses avanços. Um mundo com uma população maior, com mais demanda de energia e recursos, e mais tecnológico, poderia causar contratempos sérios ou até mesmo catastróficos a nossa sociedade.

Diante dessa realidade, torna-se emergencial termos responsabilidade coletiva e buscarmos viver em harmonia com a natureza, buscarmos uma convivência respeitosa uns com os outros em busca de construirmos uma fraternidade sem fronteiras.
 
Por fim, cabe ressaltar que o poder das biotecnologias, robóticas, cibertecnologias e a inteligência artificial é outro aspecto relevante que terá grande avanço no século XXI, causando grandes transformações no campo social e econômico. Mas, deixarei para abordar esse assunto em outra oportunidade.

Amaury Cardoso
blog de artigos: www.amaurycardoso.blogspot.com.br 

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