A empresa Facebook toma esta semana uma atitude reativa com a decisão de extrema importância de realizar uma investigação mundial e com isso sinalizando com medidas de combate as Fakes News espalhadas nas plataformas das redes sociais.
Esta ação sinaliza com medidas de combate as Fakes News, com o objetivo principal de mapear e desparatar as redes de Fakes que visam dissiminar os discursos que pregam o ódio associados a notícias falsas com objetivo de atacar a imagem de pessoas e fazer uma lavagem cerebral na grande maioria dos internautas que não possuem raciocínio crítico.
Este acontecimento, no meu entender, fortalece as ações que estão sendo realizadas pela CPMI das Fakes News instalada no congresso, e as investigações realizadas pela Polícia Federal por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, que está à frente do inquérito das Fakes News no STF.
Vivemos um momento da Pós-Verdade, onde passa a valer mais o que as pessoas pensam mesmo sem fundamento comprovado a respeito de algum fato, do que propriamente o fato em si. Muitas pessoas só acreditam no que querem acreditar. A grande maioria delas em razão de suas preferências e conveniências.
As redes sociais, em especial o Facebook, virou uma ferramenta de propagação de inverdades, calúnias e promoção de desinformação, que visam influenciar a opinião de um grande número de pessoas, como já afirmei, que não possuem poder de análise crítica.
Como democrata devo deixar claro que sou intransigentemente contra qualquer medida de censura, sendo um defensor da liberdade em todos os sentidos, desde que esta se assegure na devida responsabilidade, portanto, sem ferir o dever primordial do respeito a verdade, embora está seja efêmera.
Feito esses esclarecimentos, me permito algumas indagações:
Será que o ato de dissiminar inverdades, atacar com calúnias e insultos pessoais em redes sociais é algo normal, principalmente quando a pessoa que à pratica, covardemente, se esconde atrás de perfis falsos?
Será que quem se utiliza desse tipo de comportamento suspeito não deve ser visto como um risco a democracia em razão da pratica criminosa da falsidade ideológica e/ou ocultação de identidade pessoal?
Será que a promoção de Fake News com objetivo de denegrir imagem, que sendo caluniosa leva o por ela atingido a ter sérias dificuldades de desfaze-las, não configura um crime contra a integridade moral e pessoal de outros?
Como limitar os excessos?
Como evitar um crime de calúnia virtual sem identificação real?
Até que ponto, em nome da liberdade de opinião e expressão, que é um direito sagrado ao exercício democrático, se deve permitir a prática de falsidade de informação e agressões caluniosas nas redes sociais, sendo o autor um robô, um aplicativo falso ou uma pessoa usando um nome fictício?
Diante do volume de notícias falsas e agressões levianas a integridade moral, sem base em provas factíveis, não seriam motivos justos de estudar medidas de coibição?
Essas medidas vem em boa hora, pois se torna de fundamental importância o combate rigoroso e sistêmico a patologia do Fakes News!
Viva a liberdade de expressão com seriedade e responsabilidade!!!!
Amaury Cardoso
www.amaurycardoso.blogspot.com.br