Temos a sensação de que o país esta desagregado, sem coesão social, com uma sociedade se sentindo impotente e o cidadão com o sentimento de que não adianta participar da política uma vez que tem o entendimento de que nada irá mudar já que é muito difícil derrotar a “velha política” diante de um Congresso composto por 594 parlamentares (Câmara Federal e Senado), onde um número significativo de congressistas figuram como suspeitos na Lava-Jato.
É evidente que a solução para essa grave crise política, que coloca em xeque a Democracia Representativa, não virá de um sistema político apodrecido e envolvido em profunda crise de valores morais e éticos.
Nossas contradições política são históricas. A democracia brasileira raramente se fez presente devido a longos ciclos de autoritarismo, levando a sociedade a conviver com diversas desilusões, hoje agravada com a descoberta da gigante máquina de corrupção e o amplo tráfico de influência que corrompeu múltiplas camadas do aparelho do Estado.
O momento que atravessamos na política é muito ruim para a nossa frágil democracia. O desafio que se impõe ao povo brasileiro é o de não permanecer na apatia, no conformismo e aceitando essa realidade política nefasta ao futuro do Brasil enquanto Nação. A sociedade precisa continuar pressionando por mudanças e entender que negar os políticos, o que é algo positivo, não nos dá o direito de negar a política.
O cidadão precisa entender a importância da sua participação na política, e que fazer política agora, é ainda mais importante. A sociedade deve ter como objetivo principal o fortalecimento da nossa democracia e ajudar a construir instituições de fato republicanas.
Amaury Cardoso
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